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    Brasil tem uma das maiores adesões a bancos digitais do mundo, diz pesquisa

    Levantamento considerou 28 países, e aponta mercado global potencial de 1,4 bilhão de clientes

    Falta de confiança ainda é principal obstáculo na expansão dos bancos digitais
    Falta de confiança ainda é principal obstáculo na expansão dos bancos digitais Getty Images

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business

    em São Paulo

    O Brasil está entre os três países com maior participação de clientes e com crescimento mais rápido na adesão do modelo de bancos digitais, segundo levantamento do banco digital N26 em parceria com a Accenture.

    A pesquisa, realizada em 28 países, mostrou que o Brasil está à frente nesse processo de economias maiores, como os Estados Unidos, a Alemanha e o Reino Unido. O estudo aponta que o país com crescimento mais rápido na adoção do modelo de bancos digitais nos últimos dois anos foi a Suíça, com alta de 82%.

    O Brasil fica em segundo lugar, com 73%, seguido da Austrália, com 58%. Já em relação ao número de clientes com contas digitais, o Brasil fica em terceiro lugar, com 44% dos entrevistados, atrás dos Emirados Árabes Unidos (51%) e da Arábia Saudita (54%).

    O Brasil possui uma série de bancos digitais, entre eles o Nubank, que estreia na Bolsa de Nova York nesta quinta-feira (9).

    Globalmente, 23% dos entrevistados possuem uma conta bancária digital, e 46% afirmaram que seriam motivados a experimentar a abertura de conta. O estudo afirma que os bancos digitais têm espaço para crescimento, com um mercado potencial que englobaria 70% da população dos países pesquisados, ou 1,4 bilhão de pessoas.

    O principal obstáculo, porém, ainda é uma falta de confiança dos potenciais clientes. Segundo o levantamento, a falta de interação presencial limita a expansão do setor, tornando importante as tentativas dos bancos digitais de transmitir mais intimidade com os usuários.

    Outro dado da pesquisa é que o perfil dos usuários de bancos digitais está começando a se diversificar. No mundo, porém, a maioria ainda possui renda alta, é do sexo masculino e tem entre 25 e 44 anos.

    Um dos exemplos de diversificação citados é o Brasil, em que as mulheres são 52% dos clientes, ante 48% de homens. A divisão é o inverso da maioria dos países, em que as mulheres são minoria, como Itália, Dinamarca, Suécia e Espanha.

    A pesquisa foi realizada entre julho e agosto de 2020, e teve 47.810 entrevistados de 28 países: Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Hong Kong, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Malásia, México, Holanda, Noruega, Rússia, Arábia Saudita, Cingapura, África do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.