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    Brasil está fazendo “pouso suave” no combate à inflação, diz Campos Neto

    O BC reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual no mês passado, trazendo a taxa básica de juros para 13,75%, o primeiro corte em um ano

    Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
    Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto 15/02/2023REUTERS/Adriano Machado

    Cristiane Nobertoda CNN

    Brasília

    O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o Brasil está fazendo um “pouso suave” no combate à inflação, sem trazer grandes consequências para o crescimento econômico ou ao mercado de trabalho.

    “O Brasil tem conseguido realizar um pouso suave, diminuindo a inflação com impacto atenuado sobre o PIB, desemprego e crédito”, afirmou durante palestra em evento do Lide, nos Estados Unidos.

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual no mês passado, trazendo a taxa básica de juros para 13,75%.

    Apesar da redução, Campos Neto afirmou que a taxa se mantém acima da média, mas ressaltou que continua menor comparado a outros países.

    “Apesar da Selic alta, a gente entende que é importante cair. Mas é preciso fazer com credibilidade até porque isso vai gerar liquidez mesmo antes do juros cair”, apontou.

    O presidente do BC também destacou que os esforços contra a inflação é um movimento global. O economista ainda voltou a dizer que o reajuste dos combustíveis pela Petrobras foi um dos fatores de aumento na previsão da inflação de agosto.

    “A batalha contra a inflação é um caminho em todo o mundo. Agora, vamos entrar na segunda fase do combate à inflação. (…) A medida de reajuste de preço da Petrobras, que eu apoio, fez a inflação subir um pouco mais”, disse durante palestra em evento do Lide, nos Estados Unidos.

    “É preciso perseverar nessa batalha da inflação. Se não combater, ela volta de forma persistente”, disse.

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, subiu 0,28% em agosto, após apresentar uma variação negativa no mês anterior, com deflação de 0,07%.

    O resultado veio acima do esperado pelo mercado, que calculava um aumento de 0,17% para o período, segundo estimativas da Reuters. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,73%.

    Veja também: Economia no Brasil deve desacelerar até o fim do ano, diz economista