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    Brasil e Argentina firmam relação bilateral no setor de mineração

    Países criam Grupo de Trabalho para analisar convergências entre planos nacionais e discutir ações futuras, principalmente nos setores de sustentabilidade

    Área de mina de minério de ferro em Paraupebas
    Área de mina de minério de ferro em Paraupebas Foto: Lunae Parracho - 29.mai.2012/Reuters

    Gabriela Coelho e Marília Ribeiro, da CNN, em Brasília

    Brasil e Argentina firmaram na sexta-feira (16) uma relação bilateral em mineração com objetivo de fortalecer o foco em investimentos no segmento de mineração e ter um desempenho no desenvolvimento sustentável.

    Na prática, os dois países decidiram criar um Grupo de Trabalho com o objetivo de analisar convergências entre os planos nacionais e discutir ações futuras, principalmente nos setores de sustentabilidade, segurança e governança. 

    A Argentina mostrou interesse em discutir também os temas de padrões sociais, ambientais e direitos humanos, certificação e atração de investimentos.

    Por videoconferência, o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Alexandre Vidigal, afirmou que o governo lançou recentemente programa que contempla planos e ações para o período 2020-2023 “em todas as áreas essenciais relacionadas à mineração, como sustentabilidade, governança, regulação, pesquisa geológica, investimentos, segurança e inovação”.

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    Esse conjunto de metas e ações para o setor de mineração apresentado em setembro pela secretaria de Vidigal, o Programa Mineração e Desenvolvimento (PMD), totaliza 108 metas, que estão espalhadas dentro de 10 projetos.

    Segundo a pasta, as metas podem ampliar as áreas de aproveitamento mineral do país. Entre os objetivos do projeto, está até a possibilidade de regulamentar a mineração em terras indígenas e implementar novas oportunidades de mineração em faixa de fronteira.

    Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, as perspectivas para o setor não eram positivas.

    “As primeiras avaliações para o desempenho da economia não eram nada otimistas e apresentavam encolhimento da ordem de 8% do PIB”, afirmou, ao explicar que mesmo diante dos efeitos nefastos da pandemia do novo coronavírus, a receita advinda da produção mineral brasileira, no 1º semestre de 2020, foi 1% superior à do 1º semestre de 2019, e o saldo da balança comercial mineral no 1º trimestre, já com a crise da covid-19 instalada nos países da Ásia e Europa, foi de US$ 5,2 bilhões.

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    Para o setor mineral, o Banco Mundial estimou diminuição dos preços das commodities em 4,7%. “Estimativas recentes apontavam a queda de 17% nos investimentos na mineração nos próximos quatro anos”, disse o ministro. 

    Segundo ele, nos primeiros meses da pandemia, as previsões mais otimistas projetavam recuperação da economia apenas no 1º trimestre de 2021. “Felizmente não estamos vendo nada disso acontecer”, afirmou Bento Albuquerque.

    Atualmente, de acordo com o Ministério, a prospecção de urânio no Brasil cobre apenas 30% do território nacional. Se esse percentual fosse maior, o país poderia passar a ocupar o posto de segundo ou terceiro em reservas do mineral do mundo.