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    Brasil deve cortar gastos disfuncionais para investir no social, diz economista

    Em entrevista à CNN, Marcos Lisboa, presidente do Insper, avaliou que a dinâmica de gastos públicos, entendida como "disfuncional", deveria ser uma discussão anterior ao furo no teto

    Tamara Nassifda CNN , em São Paulo

    Em entrevista ao Live CNN Brasil, o presidente do Insper Marcos Lisboa avaliou que, antes de discutir o furo no teto de gastos em nome dos problemas sociais do país, há uma questão mais urgente a ser tratada: a “disfuncionalidade” da dinâmica de gastos públicos.

    “Temos um problema anterior ao teto de gastos, que é a dinâmica disfuncional do gasto público no Brasil. Em geral, se tem um problema social encabeçando a discussão, e aí, ao aprovar o programa, vem na esteira uma série de recursos públicos destinados a setores privados que não estão relacionados com a questão social”, comentou ele nesta sexta-feira (18).

    “Uma vez que esse gasto acontece, ele fica permanente. O Brasil tem um Estado caro e uma carga tributária alta para um país emergente, ao mesmo tempo em que entrega serviços públicos de baixa qualidade.”

    Na visão do economista, a mal-alocação de recursos por parte do Estado faz com que a área social esteja sempre em déficit, criando um ciclo perene em que “uma parte importante do dinheiro não vai corretamente para os mais vulneráveis”.

    “O teto foi criado para que os gastos disfuncionais parassem. A discussão deveria ser a seguinte: ‘Quer aumentar o gasto social? Ótimo! O que vamos cortar?’ Só que nunca se corta nada, deixa tudo como está e aumenta ainda mais o gasto, mas há uma série de coisas que não funcionam, como benefícios tributários para setores privados, e por aí vai.”

    Confira a íntegra da entrevista no vídeo acima.

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