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    Brasil cai pelo 3º ano e fica em 10º lugar no ranking anticorrupção na América Latina

    Além do Brasil, outro país com queda da nota foi o México. Desde a primeira edição do estudo, em 2019, a avaliação atribuída ao Brasil caiu 22%

    Em 2022, a nota atribuída ao Brasil ficou em 4,76
    Em 2022, a nota atribuída ao Brasil ficou em 4,76 Getty Images

    Fernando Nakagawado CNN Brasil Business

    O Brasil piorou pelo terceiro ano seguido e agora ocupa o 10º lugar em um ranking de 15 países da América Latina e Caribe que avalia as políticas para combater a corrupção. O dado consta do Índice de Capacidade de Combate à Corrupção (CCC) de 2022. Além do Brasil, outro país com queda da nota foi o México. Desde a primeira edição do estudo, em 2019, a avaliação atribuída ao Brasil caiu 22%.

    A pesquisa anual é uma iniciativa da Americas Society e Council of the Americas (AS/COA), entidades dedicadas à educação fundadas por David Rockefeller, e realizado pela consultoria internacional Control Risks. No estudo, são avaliados 14 critérios, como a independência das instituições judiciais, a força do jornalismo investigativo e o orçamento para combater desvio de recursos.

    Em 2022, a nota atribuída ao Brasil ficou em 4,76. Um ano antes, o país obteve 5,07, o que colocava o Brasil no 6º lugar do ranking. As notas são atribuídas em uma escala de zero – pior desempenho no combate à corrupção – a dez – melhor situação. Na primeira edição da pesquisa há três anos, o país recebeu 6,14 e estava na segunda melhor posição atrás apenas do Chile, que teve 6,66. Em 2019, porém, eram apenas dez países analisados.

    O estudo divulgado nesta manhã destaca que a piora da nota brasileira foi liderada pela avaliação sobre a independência e a eficiência dos órgãos anticorrupção. Nesse critério, a avaliação do Brasil caiu quase 19%. O estudo explica que o governo federal “procurou consolidar o controle sobre os órgãos que investigam supostos casos de corrupção envolvendo seus aliados”.

    A pesquisa menciona que órgãos de combate à corrupção como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Carf) “sofreram cortes orçamentários, limitando sua capacidade de investigação e supervisão”.

    Sobre toda a região, o estudo chama atenção para a queda das notas do Brasil e México. “México e Brasil, os dois maiores países da região, novamente sofreram retrocessos em suas principais instituições e no ambiente de combate à corrupção como um todo”.

    O ranking é liderado pelo Uruguai, com a melhor nota da região: 7,42. Em seguida, estão Costa Rica (7,11), Chile (6,88), Peru (5,66) e República Dominicana (5,19). A vizinha Argentina está em 6º no ranking – posição do Brasil no ano passado – com nota 5,04. Na lanterna da lista estão, após o Brasil, o Paraguai em 11º lugar (4,45), México (4,05), Guatemala (3,38), Bolívia (2,57) e em último lugar, no 15º posto, está a Venezuela, com 1,63.