Bônus argentinos caem a “níveis de calote” com aumento de risco político
Preços voltaram a cair, no entanto, golpeados por negociações lentas com o FMI e ambiente político complexo
Os títulos argentinos estão voltando a patamares de preços compatíveis com calote, à medida que o risco político aumenta e se arrastam negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para renovar cerca de US$ 45 bilhões em dívidas do país sul-americano.
A nação, nos últimos anos atingida por crises econômicas e cambiais, reestruturou sua dívida externa com credores privados no fim do ano passado, o que fez os preços dos títulos subirem para 40-50 centavos por dólar.
Os preços voltaram a cair, no entanto, golpeados por negociações lentas com o FMI e um ambiente político complexo depois que a coalizão peronista no governo sofreu uma perda fragorosa nas eleições legislativas de meio de mandato neste mês, que eliminou sua maioria no Senado.
O risco-país do JP Morgan para a Argentina aumentou 22 unidades, para a região de 1.819 pontos-base nesta quarta-feira, nível mais alto desde a reestruturação da dívida no ano passado. O economista local Gustavo Ber disse que isso está no mesmo nível dos “patamares de inadimplência”.