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    Bolsonaro afirma que redução de subsídios permitirá taxa zero ao diesel em 2022

    Presidente afirmou que a negociação não está fechada ainda, mas está "bastante avançada"

    Jair Bolsonaro (sem partido) falou a apoiadores sobre votação da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados
    Jair Bolsonaro (sem partido) falou a apoiadores sobre votação da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados Foto: Reprodução/CNN Brasil (11.ago.2021)

    Lisandra Paraguassu, da Reuters

     O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (12) que o Governo Federal vai usar cerca de 15 bilhões de reais em subsídios que serão cancelados para compensar a perda de arrecadação do PIS/Cofins do diesel após o tributo federal ser zerado a partir de janeiro de 2022, conforme planeja seu governo.

    Em entrevista a uma rádio do interior do Paraná, o presidente afirmou que a negociação não está fechada ainda, mas está “bastante avançada”.

    “Para o final do ano, tem de reduzir aproximadamente 15 bilhões de reais de subsídios. Geralmente este dinheiro vai para o Tesouro, então não vai para nós porque tem o Teto de Gastos, vai para abater dívida. Bacana, bacana”, explicou.

    “Conversei com o Paulo Guedes (ministro da Economia) e com o secretário da Receita, vamos pegar esses 15 bilhões de reais e abater nos 19 bilhões de reais que nós arrecadamos de PIS/Cofins do diesel”, afirmou ele.

    Ele não falou que tipo de subsídio seria cancelado.

    “Ou seja, eu pretendo zerar o imposto do diesel para o início do ano que vem, porque todo mundo ganha com isso.”

    Bolsonaro tem sido pressionado pelos constantes aumentos dos preços dos combustíveis –especialmente o diesel, com grupos de caminhoneiros constantemente ameaçando novas greves– e do gás de cozinha.

    O diesel vendido pela Petrobras já acumula 40% de reajuste apenas este ano, enquanto a gasolina chegou subir 51% com o aumento de 3,5% anunciando na quarta-feira (11) pela estatal. Já o gás de cozinha acumula alta de mais de 35%, em meio a preços mais altos do petróleo.

    O preço pago pelo consumidor depende de uma série de itens, como margens de revendedores e distribuidores, além impostos.

    Mantendo afirmações anteriores, ele culpou governos estaduais, citando alta na cobrança do ICMS, e apontou o frete e as margens de lucro da cadeia produtiva como causas do aumento expressivo.

    “Vamos mostrar que o governo federal mantém congelado o imposto federal desde 2019, enquanto os governadores, ao contrário, arrecadam cada vez mais ICMS”, disse.