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    Wall Street fecha em baixa, com potencial de maior aperto monetário de BCs e incertezas

    Investidores minimizam riscos geopolíticos e avaliam perspectivas para política monetária dos Estados Unidos

    Operadores na bolsa de Nova York
    Operadores na bolsa de Nova York Reuters/Brendan McDermid/File Photo

    Do Estadão Conteúdo

    As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta segunda-feira (26), iniciando a semana com quedas em meio a um cenário de potencial maior aperto monetário por parte dos bancos centrais para tentar conter a inflação. Especialistas acreditam que o quadro atual favoreça novas altas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o que deve pressionar os ativos de risco ainda por algum tempo.

    No ajuste de fechamento, o Dow Jones caiu 0,04%, a 33.714,71 pontos; o S&P 500 perdeu 0,45%, a 4.328,82 pontos; e o Nasdaq cedeu 1,16%, a 13.335,78 pontos.

    A Capital Economics espera que os ativos de risco tenham dificuldades no segundo semestre deste ano, à medida que as principais economias desenvolvidas entrem em recessão.

    Mas a consultoria prevê que as dificuldades serão curtas: até 2024, espera que a economia global esteja se recuperando e acha que o entusiasmo com a tecnologia de inteligência artificial, que tem sido um vento favorável para o mercado de ações este ano, fornecerá um impulso adicional para as ações.

    A Oxford Economics avalia que, no momento, com a atividade real surpreendendo positivamente, mais aperto nas políticas monetárias parece quase inevitável.

    A turbulência do setor bancário de março está praticamente esquecida, mas a inflação teimosa está elevando as taxas terminais esperadas pelo mercado, afirma.

    Neste semana, um dos grandes temas observados será a divulgação do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida preferida pelo dirigentes do Fed para a inflação nos Estados Unidos.

    Quanto às incertezas, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que o país e o Ocidente não estão relacionados com a revolta armada do grupo Wagner, na Rússia, que começou na sexta-feira.

    O democrata disse: “nós não demos nenhuma desculpa para o Putin culpar o Ocidente ou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesse caso. Deixamos claro que não estamos envolvidos”.

    Entre as empresas, a Pfizer anunciou, nesta segunda-feira, que está planejando seguir os trabalhos com seu candidato a fármaco danuglipron para um estágio avançado de desenvolvimento como tratamento para obesidade e diabetes tipo 2, mas que vai interromper o desenvolvimento do candidato lotiglipron.

    Os papéis da empresa recuaram 3,68%. Outra queda de destaque foi da companhia de viagens Carnival Corporation, que recuou 7,59% após divulgar resultados que desagradaram investidores.