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    Bolsas da Ásia fecham em maioria em alta, com relaxamento da Covid-zero na China

    Mercados seguem otimistas acerca de mudanças concretas para a política de Covid-zero da China, após o governo do presidente Xi Jinping alterar sua comunicação e recomendações gerais para autoridades locais

    Gabriel Caldeira, do Estadão Conteúdo

    As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira (30). Investidores por lá seguem otimistas com o relaxamento de restrições relacionadas à política de Covid-zero da China, após protestos eclodirem em diversas metrópoles do país.

    Desde então, Pequim reduziu a rigidez de algumas medidas e tem tentado reprimir as reivindicações populares. Os mercados acompanharam ainda PMIs oficiais chineses, que indicaram contração da atividade do gigante asiático.

    O índice Xangai Composto subiu 0,05%, a 3.151,34 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,12%, a 3.151,34 pontos.

    Já o Hang Seng, de Hong Kong, saltou 2,16%, a 18.597,23 pontos, apoiado por ações dos setores de consumo e tecnologia, que compensaram recuos de papéis de incorporadoras imobiliárias. Também em ritmo forte, o sul-coreano Kospi fechou com ganhos de 1,61%, a 2.472,53 pontos.

    Os mercados seguem otimistas acerca de mudanças concretas para a política de Covid-zero da China, após o governo do presidente Xi Jinping alterar sua comunicação e recomendações gerais para autoridades locais, enquanto acelera a vacinação de idosos e tenta suprimir os protestos contra a sua postura rígida contra a doença.

    Segundo o Danske Bank, “a China chegou a um ponto em que os custos econômicos e sociais se tornaram muito grandes e agora superam os custos de saúde de uma abertura gradual, que levará ao aumento das mortes”.

    Para o mercado, domicílios e empresas, o que importa é que há agora um fim da política de Covid-zero e uma melhora da economia à vista, ainda que depois de um período turbulento de aumento de casos, diz o banco.

    Os custos econômicos da Covid-19 ficaram evidentes nos índices de gerentes de compras (PMIs) oficiais para o mês de novembro, de acordo com a Capital Economics. Os dados saíram ontem à noite e mostraram contração da atividade nos setores chinesas de serviços e indústria.

    “Riscos negativos continuam a crescer à medida que a situação do vírus persiste em piorar e pesará fortemente na economia até 2023”, projeta a consultoria britânica.

    Exceção hoje, o índice Nikkei, de Tóquio, fechou em baixa de 0,21%, a 27.968,99 pontos. Já o taiwanês Taiex teve alta de 1,16%, a 14.879,55 pontos, e o australiano S&P/AX 200 subiu 0,43%, a 7.284,20 pontos.