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    Ibovespa é impulsionado por alta de Petrobras e tem ganho de 1,8%

    Preços do petróleo dispararam em meio à possibilidade de a Arábia Saudita cortar a produção da commodity, estimulando ações da estatal brasileira

    Telão mostra números da Bolsa de Nova York no dia 20 de março (20.mar.2020)
    Telão mostra números da Bolsa de Nova York no dia 20 de março (20.mar.2020) Foto: Lucas Jackson/File Photo/Reuters

    O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou alta de quase 2% nesta quinta-feira (2), impulsionado pelo avanço dos papéis da Petrobras, na esteira da alta do petróleo. O índice registrou avanço de 1,81%, aos 72.253 pontos pontos.

    As ações ON (ordinárias, com direito a voto) da Petrobras subiram 8,59%, e as PN (preferenciais, sem direito a voto), avançaram 8,46%. Os ganhos vêm após duas quedas seguidas, período em que o Ibovespa acumulou declínio de 4,9%.

    Os preços do petróleo dispararam em meio à possibilidade de a Arábia Saudita cortar a produção da commodity, cujo valor vem despencando pelas perspectivas de menor demanda em razão da pandemia da COVID-19 e guerra comercial entre o reino e a Rússia.

    “Hoje quem dominou o mercado foi o petróleo e tirou da frente do investidor um componente de aversão ao risco importante”, avaliou Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. 

    Trump disse nesta quinta-feira que conversou com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e que espera que sauditas e Rússia reduzam a produção de petróleo em cerca de 10 milhões de barris, com os dois países demonstrando vontade de fechar um acordo.

    Volatilidade segue 

    Apesar do tom mais positivo, é consenso entre agentes financeiros que a volatilidade continuará elevada, já que ainda não há sinais de arrefecimento no ritmo de contágio do novo coronavírus nos países ocidentais. Isso não traz perspectivas sobre o fim de medidas de confinamentos, que já estão prejudicando a economia mundial.

    “A manutenção do cenário de forte incerteza continua promovendo volatilidade adicional aos mercados”, destacou a equipe da Guide Investimentos em relatório a clientes. 

    Em relatório a clientes, o banco Safra reafirmou os impactos econômicos da crise atual. “Devemos estar cientes que essa é uma crise temporária, que contará com começo, meio e fim, mas que afetará de forma significativa o crescimento econômico ao menos no curto prazo.”

    Cenário externo

    Nos EUA, o mercado abriu volátil, com os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na última semana batendo recorde de 6,65 milhões, muito acima do esperado. Os índices em Wall Street, no entanto, tiveram suporte nas esperanças de trégua em uma guerra de preços do petróleo entre a Arábia Saudita e a Rússia.

    No fim do pregão, o  Dow Jones avançou 2,23%, o S&P 500 teve alta de 2,27%, e o Nasdaq Composite valorizou 1,72%.

    Na Europa, um rali no final da sessão no setor de energia ajudou as ações a fecharem em leve alta, com o sentimento permanecendo frágil depois que um forte aumento nas reivindicações de auxílio-desemprego nos Estados Unidos mostrou mais evidências do impacto econômico do coronavírus.

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,63%, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,42%.

    No Japão, anos após o país ter se recuperado de um longo período deflacionário, a terceira maior economia do mundo pode voltar a entrar em um ciclo de queda de preços por culpa da pandemia. O núcleo dos preços ao consumidor subirá apenas 0,1% no segundo e terceiro trimestres deste ano na comparação anual, antes de cair 0,4% no período de outubro a dezembro, mostrou uma pesquisa da Reuters.

    *Com informações da Reuters