BNDES registra queda de 28% no lucro e alta de 29% nos desembolsos no 1º trimestre
Diretor reitera meta de dobrar os desembolsos da estatal até 2026, mas diz que expansão só deve acontecer a partir de 2024
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2023. O valor é 28,4% menor que aquele divulgado no último período de 2022.
O lucro contábil ficou em R$ 3,9 milhões no trimestre, com queda de 69% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em entrevista a jornalistas nesta terça-feira (16), Alexandre Abreu, diretor financeiro do BNDES, apontou a necessidade de “contextualizar” os números de 2022. Ele destacou que parte considerável do lucro da estatal naquele ano veio de fontes não recorrentes.
Abreu indicou ainda que os desembolsos do BNDES nos últimos anos representam 1% do Produto Interno Bruto (PIB), frente a uma média histórica de cerca de 2% do PIB.
No primeiro trimestre deste ano, os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 19,1 bilhões, uma alta de 29,1% em relação ao mesmo período de 2022.
O diretor de planejamento, Nelson Barbosa, reiterou na coletiva de imprensa que a meta da gestão é dobrar os desembolsos e devolvê-los ao patamar de 2% do PIB até 2026. Ele destacou, contudo, que essa expansão só deve acontecer a partir de 2024.
“Isso [dobrar os desembolsos do BNDES] é uma meta até 2026. Isso leva tempo, não vai acontecer rápido. Para este ano, a previsão é manter em torno de 1% do PIB, talvez um pouco mais. A maior parte desse crescimento a gente espera que aconteça a partir de 2024, quando a economia, esperamos, acelerar, feitas as reformas, reduzidas incertezas, com as curvas de juros caindo”.
Publicado por Danilo Moliterno.
