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    Bloqueio da carne não é problema de relacionamento com a China, diz Bolsonaro

    Em entrevista à Rádio Cultura, o presidente questionou o reconhecimento das ocorrências de "vaca louca" no país

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Agência Brasil

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business*Nicole Dinizda CNN

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o veto da China à carne brasileira não é consequência do seu relacionamento com o país asiático ou com o presidente Xi Jinping.

    “Não existe isso, já foi resolvido. Não é porque eu não gosto de tal presidente que eu vou deixar de fazer negócios com tal país. Se for mais barato, eu vou comprar dele”, disse em entrevista à rádio Cultura FM nesta quarta-feira (10).

    Bolsonaro também questionou o reconhecimento dos casos da doença “da vaca louca” em frigoríficos brasileiros.

    “O problema da carne, que tem dezenas de navios parados na China, é que um mês e pouco atrás um funcionário público lá de Minas Gerais falou que tinha um caso de ‘vaca louca’. Mas ele falou da boca para fora, sem comprovação nenhuma”.

    Como manda o protocolo internacional, a ocorrência de dois casos atípicos da doença chamada de “vaca louca” (Encefalopatia Espongiforme Bovina),  em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG),foi notificada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 4 de setembro.

    O governo brasileiro busca comprovar que não há transmissão da doença no país — daí a designação de “casos atípicos” — para tentar liberar a exportação para os chineses.

    “Quando saiu essa notícia, nós fomos obrigados a informar aos países que importam nossa carne o que o servidor falou. Ao anunciar isso, a China simplesmente bloqueou as nossas exportações”, afirmou o presidente.

    Segundo levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o volume de exportações de carne bovina brasileira caiu 43% no mês de outubro quando comparado ao mesmo período de 2020, quando as exportações à China ainda ocorriam normalmente, por conta desse episódio.

    *com informações da Reuters