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    Black Money: houve avanço de inclusão, mas desafio é grande, diz especialista

    À CNN Rádio, Gabriela Mendes, CEO da No Front, afirmou que ainda faltam incentivos para inserção da população negra na economia do país

    População negra representa mais de 50% dos brasileiros e movimentam R$ 1,7 trilhão por ano
    População negra representa mais de 50% dos brasileiros e movimentam R$ 1,7 trilhão por ano Foto: NESA by Makers/Unsplash

    Amanda Garcia com produção de Talita Amaral e Letícia Vidicada CNN

    Em entrevista à CNN Rádio, no quadro CNN No Plural, a economista e CEO da No Front, Gabriela Mendes, avaliou que houve “avanço substancial de inclusão da população negra na economia”, mas o “desafio ainda é grande.”

    Ela explicou o conceito do “Black Money”, que é o movimento que favorece negócios de pessoas negras, além de incentivar o empreendedorismo e a circulação de recursos financeiros.

    Isso se faz ainda mais importante quando se leva em consideração que a população negra representa mais de 50% dos brasileiros e movimentam R$ 1,7 trilhão por ano, segundo dados do Instituto Locomotiva.

    “O avanço de tomada de consciência e conhecimento desses grupos cria demanda por inserção e vem paralelamente a inovações do mercado financeiro que vão permitir surgimento de instituições financeiras de outros parâmetros”, disse.

    Ela relata que a necessidade, por exemplo, de apresentar holerite para abrir uma conta em um banco já isolava parte da população, em especial a negra, que tinha trabalho informal e precarizado. O surgimento de fintechs, então, é positivo nesse sentido.

    Para Gabriela, a realidade econômica do Brasil “é preocupante”. “Há parcela substancial, especialmente negra, empurrada para o empreendedorismo pela necessidade de sobrevivência, o número de iniciativas de apoio se multiplicou, mas, na prática, pessoas vendem o almoço para pagar o jantar.”

    Ela questiona que a comunidade negra empreende desde sempre, mas há de se haver o questionamento de “onde eles estão inseridos” ou “por que não temos negros na lista de bilionários.”

    “São questões que mostram abismo em acesso à oportunidade, como financiamento, crédito. Há um caminho muito longo a ser percorrido”, concluiu.

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