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    Bitcoin perto do recorde de preço: ainda vale a pena comprar?

    "O grande risco hoje é não ter esse ativo no seu portfólio de investimentos”, afirma Fabricio Tota, diretor do Mercado Bitcoin

    Foto: André François McKenzie/Unsplash

    Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    O bitcoin está perto de alcançar seu maior valor na história. Na noite desta segunda-feira, a criptomoeda era negociada a US$ 18.379, um pouco abaixo do recorde histórico de US$ 19.655, atingido em dezembro de 2017. 

    Olhando os gráficos, o rali é muito parecido com o movimento que levou a cotação ao preço recorde. Mas especialistas garantem que o cenário deste ano é muito diferente e mais favorável aos investidores da criptomoeda. 

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    “A perspectiva de curto prazo é alcançar o recorde. Em 2021 vejo potencial para uma alta ainda mais forte”, comenta Safiri Felix, diretor-executivo da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto). 

    No Brasil, o bitcoin ultrapassou a barreira dos R$ 100 mil, fortemente impactado pela desvalorização do real. É o maior valor já registrado da criptomoeda no país.

    Com o bitcoin próximo de uma cotação recorde, ainda dá tempo de aproveitar o rali? Os especialistas não pensam duas vezes antes de dizer que sim, mas recomendam muito preparo antes de entrar nesse mercado. 

    “É óbvio que não temos como fazer projeções. A recomendação é estudar para entender essa classe de atvos e manter a disciplina de fazer aportes recorrentes para diminuir a exposição a oscilações”, aconselha o executivo da ABCritpo. 

    2020 x 2017

    Antes de sair comprando, é interessante entender o motivo da valorização do bitcoin. Neste ano, a cotação da criptomoeda já avançou mais de 160%.

    A entrada de investidores institucionais é o que deixou esse mercado aquecido nos últimos meses. As empresas e fundos estão “validando a tecnologia’, explica Fabricio Tota, diretor do Mercado Bitcoin.

    “Estamos vendo um movimento relevante de investidores institucionais nesse mercado. Esse movimento é maior do que o de pessoas físicas, ao contrário do cenário que tivermos em 2017, quando mais pessoas físicas entravam no mercado”, afirma Tota.

    Um relatório da Pantera Capital mostra o apetite das empresas pelos ativos. O PayPal e a Square compraram, juntas, 70% de todos os bitcoins minerados nos últimos 30 dias. 

    A quantidade de bitcoins “nascendo” todos os dias vai diminuindo conforme passam os anos. Pelos próximos quatro anos, serão gerados 900 bitcoins por dia. Depois disso, a taxa de emissão cai pela metade e vai a 450. 

    Existem 18,5 milhões de bitcoins em circulação. O estoque total das criptomoedas é de 21 milhões. Ou seja, 85% do estoque já está em circulação. Enquanto isso, a demanda não para de crescer. 

    Tudo isso mostra um movimento mais sólido na comparação com 2017. Isso porque as empresas tendem a segurar por mais tempo os ativos nas carteiras, evitando quedas acentuadas no preço do ativo e sustentando o patamar recorde previsto pelos especialistas. 

    Quanto e quando comprar?

    Tota, do Mercado Bitcoin, aconselha aos mais conservadores alocar cerca de 1% dos investimentos em bitcoins. A dica vale para os menos experientes. 

    Para quem tem mais apetite por risco, o conselho é reservar uma fatia de 10% a 15% da carteira para o investimento na criptomoeda. 

    “Para quem não começou é importante dar o pontapé inicial nesse mercado. O grande risco hoje é não ter esse ativo no seu portfólio de investimentos”, afirma. 

    Além disso, é importante se lembrar da dica de Safiri Felix, que recomenda que o aporte seja feito em várias etapas para fugir de grandes variações. 

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