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    Bitcoin cai mais de 7% em meio a temor de investidores com Covid-19

    Criptomoeda já estava em tendência de queda após notícias negativas ao longo do mês

    Pessimismo do mercado também afeta outras criptomoedas
    Pessimismo do mercado também afeta outras criptomoedas REUTERS/Dado Ruvic

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business em São Paulo

    O bitcoin, a criptomoeda mais negociada do mundo, sofria um tombo de mais de 7% na manhã desta sexta-feira (26). O movimento reflete um pessimismo generalizado nos mercados, em meio a novas restrições de circulação na Europa e notícias sobre uma nova variante do coronavírus detectada na África do Sul.

    Por volta das 9h35, o bitcoin recuava 7,13% em relação ao dia anterior, cotado a US$ 54,300, distante do recorde de US$ 69 mil registrado ainda em novembro. A situação do mercado também afeta outras criptomoedas. O ethereum, segunda mais negociada, caí 8,83%, a US$ 4,041.

    Rafael Izidoro, presidente da plataforma digital Rispar, afirma que “esta nova queda pode ter relação com a notícia de uma nova variante do coronavírus, que está gerando um pânico generalizado mercado”.

    O vice-presidente sênior de operações de data center da CleanSpark, Bernardo Schucman, também aponta a nova variante como causa para o recuo, e diz que o movimento “também está relacionado ao medo dos investidores tradicionais em momentos como esse de queda do bitcoin”.

    O mês de novembro já estava sendo difícil para o bitcoin. A criptomoeda ficou abaixo dos US$ 60 mil pela primeira vez em quase um mês devido principalmente a um movimento de realização de lucros, em que investidores vendem os ativos para lucrar com a diferença em relação ao preço de compra.

    Também afetou negativamente a criptomoeda as novas críticas da China, que prometeu continuar seu combate aos ativos. O cenário de inflação alta nos Estados Unidos, com possibilidade de alta na taxa de juros mais cedo e aceleração do fim de estímulos à economia, foi outro fator que pesou.

    Com a cotação atual, o bitcoin volta aos níveis do começo de outubro, antes de ter sido impulsionado pela estreia do primeiro ETF ligado à criptomoeda nos Estados Unidos.