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    BCE vai interromper programa de compra de títulos vencidos no valor de 3,2 tri de euros

    Autoridades pedem uma parada total nos reinvestimentos, já que mercados aceitaram facilmente papel reduzido do Banco Central Europeu como comprador

    da Reuters

    O Banco Central Europeu vai parar de reinvestir dinheiro de títulos vencidos comprados sob seu Programa de Compra de Ativos de 3,2 trilhões a partir de julho, disse o banco nesta quinta-feira (4), dando mais um pequeno passo para reduzir seu balanço superdimensionado.

    O BCE permite que títulos no valor de 15 bilhões de euros, principalmente dívida do governo, expirem desde março, mas as autoridades pedem uma parada total nos reinvestimentos já que os mercados aceitaram facilmente o papel reduzido do BCE como comprador.

    “O Conselho do BCE continuará reduzindo a carteira do programa de compra de ativos do Eurosistema em um ritmo determinado e previsível”, afirmou. “Em linha com estes princípios, o Conselho do BCE espera descontinuar os reinvestimentos no âmbito do APP a partir de julho de 2023.”

    Os resgates flutuam, mas cerca de 148 bilhões de euros em dívidas mantidas no APP vencem no segundo semestre do ano. Isso significa que a interrupção do reinvestimento representará 58 bilhões de euros extras em vencimentos, além dos 15 bilhões de euros por mês atualmente programados.

    O BCE comprou os títulos quando a inflação estava muito baixa, na esperança de que empurrar os custos dos empréstimos para empresas e famílias para perto de zero estimularia o crescimento e faria os preços subirem.

    Mas agora tem o problema oposto: a inflação está muito alta e o banco está elevando as taxas de juros em um ritmo recorde para desacelerar a demanda e reduzir o crescimento dos preços para sua meta de 2%.

    Com 7,7 trilhões de euros, o balanço do BCE já está mais de um trilhão de euros abaixo de seu tamanho máximo, mas permanece bem acima de sua média histórica.

    A decisão de quinta-feira não afeta os reinvestimentos no Programa de Compra de Emergência Pandêmica, de 1,7 trilhão de euros, que deve continuar até o final de 2024.