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    BCE mantém taxas de juros e começa a interromper compras de títulos

    BCE elevou juros a um nível recorde neste ano, mas dados benignos sobre a inflação nos últimos meses descartaram um novo aperto da política monetária

    Sede do BCE em Frankfurt
    Sede do BCE em Frankfurt 26/04/2018REUTERS/Kai Pfaffenbach

    Balazs Koranyida Reuters

    Frankfurt

    O Banco Central Europeu (BCE) deixou as taxas de juros inalteradas nesta quinta-feira conforme esperado, e sinalizou o fim de seu último esquema de compra de títulos remanescente, encerrando um experimento de uma década de captação de dívidas em toda a zona do euro.

    O BCE elevou as taxas de juros a um nível recorde neste ano, mas dados inesperadamente benignos sobre a inflação nos últimos meses praticamente descartaram um novo aperto da política monetária, mudando o debate para a rapidez com que ele reverterá o curso.

    Buscando conter essas apostas cada vez mais intensas de corte nos juros, o BCE nem sequer deu a entender que o afrouxamento monetária estaria se aproximando e, em vez disso, manteve sua orientação de juros estáveis no futuro.

    “As taxas de juros básicas do BCE estão em níveis que, mantidos por um período suficientemente longo, darão uma contribuição substancial para a meta (de inflação)”, disse o BCE em um comunicado.

    Os mercados, por outro lado, preveem dois cortes até abril e 155 pontos-base de afrouxamento em todo o ano de 2024, embora uma série de autoridades de política monetária conservadoras tenha tentado se opor a essas expectativas no período que antecedeu a reunião de dezembro.

    Ao encerrar seu último esquema de compra de títulos, o Programa de Compra de Emergência da Pandemia (PEPP) de 1,7 trilhão de euros, o BCE disse que começará a reduzir os reinvestimentos a partir de meados de 2024.

    O BCE disse que o reinvestimento total no âmbito do PEPP terminará em 30 de junho e que a carteira cairá em 7,5 bilhões de euros por mês até o final do ano.

    Anteriormente, todo o dinheiro proveniente do vencimento da dívida no PEPP deveria ser reinvestido até o final de 2024, mas várias autoridades argumentaram que o programa cumpriu seu objetivo e, portanto, não havia lógica econômica por trás da manutenção da data final original.