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    Alta maior que 25 pontos-base pode ser apropriada em setembro, diz Guindos

    Vice-presidente do Banco Central Europeu afirmou também que inflação elevada permanecerá conosco por algum tempo

    Agência Estado

    Letícia Simionato, do Estadão Conteúdo

    O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou nesta segunda-feira (4), que o tamanho do aumento da taxa de juros em setembro dependerá da atualização das perspectivas de inflação de médio prazo. Dessa forma, segundo o banqueiro, se as perspectivas de inflação de médio prazo persistirem ou se deteriorarem, um incremento maior que 25 pontos-base será apropriado.

    Segundo o banqueiro, nos últimos meses, as pressões inflacionárias se ampliaram e se intensificarem em muitos bens e serviços. “Esperamos que a moderação dos custos de energia, o alívio das interrupções no fornecimento relacionadas à pandemia e a normalização da política monetária levem a inflação a retornar à meta de 2% no médio prazo. Porém, os riscos em torno da inflação estão altos”, analisou, em discurso no Frankfurt Euro Finance Summit.

    Guindos também comentou que o BCE continuará a usar a flexibilidade necessária para combater quaisquer ameaças à transmissão da política monetária. “O nosso empenho no combate à fragmentação não deverá interferir, mas sim permitir um maior enfoque na orientação da política monetária”, disse. “Evitar a fragmentação nos permite ajustar nossa política monetária no ritmo adequado e estabilizar a inflação em nossa meta”, completou.

    No entanto, a guerra e o risco de mais rupturas no fornecimento de energia à zona do euro continuam a ser um risco negativo significativo para o crescimento. “O cenário das nossas projeções de junho reflete este risco e implica uma contração da atividade em 2023, após um crescimento mais fraco, mas ainda positivo em 2022”, prevê.