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    BC vê queda forte no PIB no 1º semestre e estima retomada para o final do ano

    A avaliação está na ata da 230ª reunião do comitê, realizada nos dias 5 e 6 de maio. O documento sinaliza ainda que haverá novo corte na taxa Selic

    Sede do Banco Central, em Brasília
    Sede do Banco Central, em Brasília Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

    Anna Russi, da CNN, em Brasília

    Apesar de prever forte queda no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na primeira metade do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) trabalha com o cenário base de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre de 2020. “É plausível um cenário em que a retomada, além de mais gradual do que a considerada, seja caraterizada por idas e vindas”, pondera o comitê. 

    A avaliação está na ata da 230ª reunião do comitê, realizada nos dias 5 e 6. Embora as informações macroeconômicas disponíveis sejam poucas para o mês de abril, os membros do Copom acreditam que as evidências sejam suficientes para prever forte contração econômica no segundo trimestre deste ano.

    O documento sinaliza ainda que haverá novo corte, de até 0,75 ponto percentual, na próxima reunião. O objetivo seria complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19. 

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    Embora dois membros do comitê tenham defendido que todo o estímulo necessário fosse implementado de imediato, a análise de que, frente às elevadas incertezas domésticas, o espaço de atuação da política monetário ainda é incerto, podendo ser pequeno. “Assim, o Copom optou por uma provisão de estímulo mais moderada, com o benefício de acumular mais informação até sua próxima reunião”. 

    Economia global 

    O Copom destacou que as projeções apontam para uma recessão global com poucos precedentes históricos. Somado a isso, ainda expôs o fato de que, nesta crise, o epicentro não se localiza somente no hemisfério norte, mas se desloca juntamente à pandemia. “Esses dois fatores ajudam a explicar uma saída de capitais de países emergentes significativamente superior à  ocorrida em episódios anteriores”, esclareceu.

    Segunda a ata, o comitê conclui também que, entre os emergentes, aqueles com maior vulnerabilidade fiscal tendem a ser os mais prejudicados.