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    BC do Japão mantém política monetária inalterada, com taxa de depósitos em -0,1%

    Autoridade monetária ainda reiterou que pretende manter a faixa de variação do juro no intervalo de -0,50% a +0,50% - patamar definido em dezembro

    André Marinho e Sergio Caldas, do Estadão Conteúdo

    O Banco do Japão (BoJ) manteve inalteradas, nesta quarta-feira (18), as principais referências que balizam a política monetária no país. O banco central japonês deixou a taxa de curto prazo para depósitos em -0,1% e a meta do rendimento do título público local (JGB) de 10 anos em cerca de zero.

    A autoridade monetária ainda reiterou que pretende manter a faixa de variação do juro no intervalo de -0,50% a +0,50% – patamar definido em dezembro.

    Após o anúncio da decisão, a Bolsa de Tóquio ampliou a alta para 2,40% e o dólar acelerou os ganhos, para próximo dos 131 ienes, no início da madrugada desta quarta (pelo horário de Brasília).

    O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse nesta quarta-feira não estar considerando ampliar ainda mais a faixa de variação do JGB de 10 anos. Kuroda fez o comentário em coletiva de imprensa que se seguiu à decisão do BoJ de deixar sua política monetária inalterada.

    Em dezembro, o BoJ inesperadamente alargou a faixa de oscilação do rendimento do JGB de 10 anos, para -0,50% a 0,50%, gerando especulação de que o BC japonês estaria preparando o terreno para começar a apertar sua política monetária em meio a pressões inflacionárias.

    O intervalo anterior era de -0,25% a 0,25%. Nos últimos dias, o JGB chegou a ultrapassar o teto de 0,50%, levando o BoJ a intensificar compras dos bônus do governo em leilões.

    Para Kuroda, os recentes aumentos nas compras “não são problemáticos”. Segundo ele, o mercado vai precisar de mais tempo para se ajustar à faixa de variação estabelecida há cerca de um mês. Kuroda disse esperar, no entanto, que o funcionamento do mercado volte a melhorar em breve.

    “Nesse sentido, (a política) de controle da curva de juros é suficientemente sustentável”, afirmou. Também na coletiva, Kuroda disse que o BoJ ainda não conseguiu cumprir sua meta de inflação de 2% de forma sustentável e alegou que a economia japonesa requer firme apoio da política monetária.