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    BC deve sugerir fim de ciclo, mas não descartar nova alta, diz especialista

    À CNN, José Márcio Camargo avaliou que inflação deu sinais de estabilidade e possível queda, abrindo espaço para última alta de juros

    Vinícius Tadeuda CNNJoão Pedro Malardo CNN Brasil Business em São Paulo

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve realizar mais uma alta de juros nesta quarta-feira (3) e sugerir um encerramento do ciclo atual de elevações, mas sem descartar a possibilidade de um novo aumento, afirma José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos e professor da PUC-RJ.

    Em entrevista à CNN, Camargo avaliou que “existem alguns sinais de que a inflação está começando a estabilizar, até mesmo cair, em parte pela redução do ICMS, fazendo gasolina e energia caírem”.

    “Além disso, tivemos desaceleração da inflação de produtos industriais por dois meses consecutivos, pequena desaceleração de serviços, redução por três meses consecutivos da difusão dos aumentos de preço, ou seja, há sinais de desaceleração da inflação mesmo sem levar em conta a queda do ICMS”, ressalta.

    Entretanto, ele afirma que a inflação de serviços segue em um patamar “muito alto” e acima da meta, e o Banco Central pode ter a projeção que ela não deve recuar com tanta facilidade no curto prazo, demandando uma outra elevação além da de agosto.

    Por isso, o economista diz que o Copom deve “aumentar agora em 0,5 ponto percentual e sugerir que pode parar, mas deixando em aberto a possibilidade de aumentar mais um pouco na próxima reunião”.