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    Bank of America eleva projeção para o PIB do Brasil em 2022 de 1,5% para 2,5%

    Revisão ocorre após divulgação do IBC-Br de junho, que veio acima das expectativas do mercado

    Nova edição do Boletim Focus trouxe uma previsão de alta do PIB de 2% em 2022
    Nova edição do Boletim Focus trouxe uma previsão de alta do PIB de 2% em 2022 Marcello Casal Jr./Agência Brasil

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business

    em São Paulo

    O Bank of America anunciou nesta segunda-feira (15) que elevou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil referente a 2022. Agora, o banco espera crescimento de 2,5%, ante os 1,5% da última previsão.

    A mudança ocorreu após a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente ao mês de junho, que teve crescimento de 0,69%. A alta foi superior ao esperado tanto pelo banco quanto pelo mercado.

    “Depois de um mês fraco em maio, o índice de atividade econômica voltou a registrar um número forte, impulsionado pelos serviços, que estão mostrando resiliência em relação a outros setores: em junho, as vendas no varejo caíram 1,4% e a produção industrial caiu 0,4%. Enquanto isso, os serviços foram novamente um destaque positivo, registrando um aumento de 0,7%, impulsionado pelos serviços de transporte”, diz o Bank of America em relatório.

    De acordo com o banco, indicadores de confiança apontam um cenário pior à frente, mas ainda com expectativas positivas, mesmo com um segundo semestre mais desafiador, “quando a economia deve sentir o impacto de uma política monetária mais apertada”.

    Para o banco, as medidas de expansão de programas sociais com a PEC dos Benefícios devem exercer uma pressão de alta para o crescimento neste semestre, assim como a queda nos preços dos combustíveis, apesar dos efeitos da elevação da taxa Selic para a atividade econômica.

    “Apesar do cenário externo desafiador, em meio a um ambiente de alta inflação e revisões para baixo do crescimento global, os dados do Brasil surpreenderam positivamente. Os efeitos do ciclo de aperto do Banco Central devem ser sentidos de forma mais suave no segundo semestre, dado o pagamento de auxílios sociais estendidos como o Auxílio Brasil e os recentes cortes de impostos sobre combustíveis”, diz o banco.

    O Bank of America afirma ainda que como “os riscos fiscais e inflacionários foram postergados para o ano que vem, prevemos agora que o segundo semestre deve apresentar uma desaceleração mais moderada do que esperávamos antes”.

    Nesta segunda-feira, a nova edição do Boletim Focus, que reúne as projeções de agentes do mercado, trouxe uma previsão de alta do PIB de 2% em 2022, na sétima elevação consecutiva.