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    Banco Mundial vê piora na dívida de países pobres devido a commodities e juros

    Presidente da instituição, David Malpass, pediu para que países iniciem uma consolidação fiscal gradual para manter a confiança dos investidores

    David LawderAidan Lewisda Reuters

    A situação da dívida para os países pobres pode piorar devido aos preços voláteis das commodities e taxas de juros mais altas, disse o presidente do Banco Mundial, David Malpass, nesta quinta-feira (30), pedindo aos países que iniciem uma consolidação fiscal gradual para manter a confiança dos investidores.

    Em meados de 2021, mais da metade dos países mais pobres do mundo “estavam em risco ou crise de dívida externa”, disse Malpass em um discurso em Cartum, capital do Sudão, às vésperas das reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em outubro.

    “Quando a iniciativa de suspensão do serviço da dívida, ou DSSI, expirar no final deste ano, os países de baixa renda que retomarem o pagamento do serviço da dívida verão seu espaço fiscal encolher”, limitando sua capacidade de comprar vacinas e financiar outras prioridades, disse Malpass.

    O presidente do Banco Mundial repetiu seu apelo por uma cooperação acelerada para implementar uma estrutura de reestruturação da dívida do G20 para os países pobres, incluindo do setor privado, que até agora não conseguiu estender a tolerância aos tomadores de empréstimos soberanos.

    Malpass também pediu mais esforços para ajudar as economias a se recuperarem da pandemia de Covid-19.

    “Para termos impacto, precisamos de programas de educação, nutrição e vacinação que alcancem centenas de milhões de crianças. Precisamos de programas de transferência digital de dinheiro que possam fornecer os recursos necessários para bilhões de pessoas na próxima crise”, disse Malpass.

    “Em resposta às mudanças climáticas, precisamos de milhares de projetos público-privados grandes que combinem recursos mundiais de governos, fundações de MDBs (bancos multilaterais de desenvolvimento), investidores privados e compradores de créditos de carbono”.

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