Banco da Irlanda oferece licença remunerada para trabalhadoras na menopausa
Instituição, que emprega cerca de 9.800 pessoas em todo o mundo, também treinará gerentes sobre como apoiar colegas nessa fase
O Banco da Irlanda (Bank of Ireland Group) está oferecendo licença remunerada para as funcionárias na menopausa, juntando-se a uma lista crescente de empresas que tentam impedir que as mulheres saiam do mercado de trabalho.
As funcionárias poderão tirar até 10 dias de folga por ano se apresentarem sintomas físicos ou psicológicos relacionados à menopausa, anunciou o banco nesta quarta-feira (19).
O banco, que emprega cerca de 9.800 pessoas em todo o mundo, também treinará gerentes sobre como apoiar colegas na menopausa. A maioria de seus funcionários está sediada na Irlanda e no Reino Unido.
“Queremos ajudar nossos colegas em todas as fases de suas vidas, incluindo a menopausa”, disse Joanne Healy, chefe de relações com funcionários do banco, em comunicado. “Isso nos ajudará a continuar a construir um ambiente de trabalho no qual todos sejam tratados com justiça, dignidade e respeito”, acrescentou.
O anúncio foi feito durante a primeira Semana de Conscientização da Menopausa da Irlanda e ocorre quando um número crescente de empresas na Grã-Bretanha e na Europa, incluindo o Danske Bank e a Deloitte, introduzem políticas voltadas para a menopausa.
No início deste ano, o governo do Reino Unido criou uma Força-Tarefa de Menopausa para investigar o efeito que a menopausa tem na vida profissional das mulheres, particularmente mais tarde em suas carreiras.
De acordo com um estudo do departamento de saúde da Irlanda, mais da metade das mulheres na menopausa relatam sintomas que incluem fadiga, problemas de sono, dores nas articulações e ondas de calor. Menos de um terço disse que se sentiria à vontade para conversar com seu gerente sobre suas experiências, segundo o estudo.
A política do Bank of Ireland ocorre quando uma nova pesquisa publicada na terça-feira pela McKinsey & Co. mostrou que as mulheres em cargos de liderança nos Estados Unidos estão mais propensas do que nunca a pedir demissão por serem tratadas injustamente no trabalho.
As mulheres em cargos de chefia eram mais de 1,5 vezes mais propensas do que seus pares masculinos a deixar um emprego porque queriam trabalhar para uma empresa mais comprometida com a diversidade, equidade e inclusão, de acordo com o pesquisador.
No Reino Unido, uma em cada 10 mulheres empregadas na menopausa deixou seus empregos por causa de seus sintomas, de acordo com um relatório deste ano da Fawcett Society, uma instituição de caridade pelos direitos das mulheres.
Uma pesquisa separada do Standard Chartered Bank e da Comissão de Habilidades de Serviços Financeiros da Grã-Bretanha descobriu que um quarto das mulheres tem maior probabilidade de se aposentar mais cedo por causa da menopausa.