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    Balança comercial tem superávit de US$ 39 bi de janeiro até 4ª semana de julho

    Número é 7,5% menor que o registrado no mesmo período do ano passado; no mês de julho, até a quarta semana, o superávit foi de US$ 5,32 bi, diminuindo 0,9% na média diária, em comparação com julho do ano passado

    Pedro Zanattado CNN Brasil Business , em São Paulo

    Até a quarta semana de julho, a balança comercial brasileira acumulou um superávit de US$ 39,63 bilhões neste ano, recuando 7,5% em relação ao período de janeiro a julho de 2021, pela média diária. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (25) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

    Segundo a Secex, a corrente de comércio subiu 25%, atingindo US$ 336,75 bilhões, refletindo a soma das exportações, que cresceram 20,6% e chegaram US$ 188,19 bilhões, e das importações, que aumentaram 31,2% e totalizaram US$ 148,56 bilhões.

    No mês, até a quarta semana, o superávit foi de US$ 5,32 bilhões, diminuindo 0,9% na média diária, em comparação com julho do ano passado. Já a corrente de comércio aumentou 34,9%, alcançando US$ 42,81 bilhões.

    Com relação às exportações, foi registrada uma alta de 29,7%, e chegaram a US$ 24,07 bilhões, enquanto as importações cresceram 42,2% e totalizaram US$ 18,75 bilhões.

    Exportações no acumulado mensal

    Ao observar os setores, as vendas da Agropecuária aumentaram 47,8% no acumulado do mês, somando US$ 5,40 bilhões. De acordo com a Secex, o desempenho foi impulsionado pelo crescimento dos embarques de milho não moído, exceto milho doce (+185,6%), café não torrado (+74,6%) e soja (+35,2%).

    Já na indústria extrativa, houve crescimento de 6%, chegando a US$ 5,72 bilhões. Os principais aumentos foram nas vendas de outros minerais em bruto (+121%), minérios de cobre e seus concentrados (+15,3%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+113,4%).

    Por fim, as saídas de produtos da indústria de transformação aumentaram 36,8% no mês, até a quarta semana, alcançando US$ 12,89 bilhões. Açúcares e melaços (+46,6%), óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+129,4%) e ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (+78,1%) foram os itens que mais influenciaram o desempenho do setor.

    Importações no acumulado mensal

    A secretaria registrou aumento de 4,3% nas compras da Agropecuária, que chegaram US$ 346,63 milhões. Cresceram principalmente as entradas de trigo e centeio, não moídos (+39,2%), milho não moído, exceto milho doce (+74,8%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (+23,2%).

    Para a Indústria Extrativa, os desembarques aumentaram 24,8% em julho, alcançando US$ 1,05 bilhão até a quarta semana. Os maiores aumentos foram das compras de fertilizantes brutos, exceto adubos (+172%), carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+145,2%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+13,6%).

    Na Indústria de Transformação, as importações mensais tiveram alta de 44,8%, atingindo US$ 17,19 bilhões até a quarta semana de julho. Os maiores aumentos foram das entradas de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+134,3%), adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+179,6%) e inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (+127,3%).

    Na avaliação do economista da Ativa Investimentos Guilherme Sousa os resultados apresentados nesta segunda-feira são “fortes”. Ele explica que a receita gerada a partir das exportações e das importações está sendo favorecida pelo câmbio.

    “Ainda assim, o resultado vai acima da sazonalidade esperada para o mês, então estamos diante de um bom resultado de balança comercial”, afirmou.

    Sousa avalia que, com os números divulgados, as perspectivas para a balança comercial brasileira devem seguir sendo positivas.

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