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    B3 anuncia marca de 4 milhões de contas em renda variável

    Número de pessoas físicas em renda variável, renda fixa e Tesouro Direto cresceu em 2021, e diversificação nas carteiras de investimentos chama a atenção de analistas da bolsa

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business

    A B3 comunicou que atingiu, no mês de outubro, um recorde de 4 milhões de contas de pessoas físicas em renda variável.

    São 1,1 milhão de contas de mulheres e 2,9 milhões de homens, o que totaliza um valor em custódia da pessoa física de R$ 490 bilhões.

    Vale ressaltar que o número representa a quantidade de contas abertas em cada corretora brasileira. O número de CPFs é menor, de 3,4 milhões, pois uma mesma pessoa pode ter conta aberta em mais de uma corretora.

    “Com o crescimento de abertura de contas em mais de um intermediário também passamos a divulgar, há alguns meses, o número de CPFs. É um termômetro mais preciso para avaliar a real tendência do comportamento do brasileiro em um cenário de alta da taxa de juros e grande volatilidade”, explica Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3.

    Características dos investidores

    Segundo o comunicado da B3, a maior parte dos novos investidores (48%) entra no mercado de equities na faixa de 25 a 39 anos. Em seguida, está a faixa entre 19 e 24 anos, representando 24%. “Isso traz mais cores para a mudança geracional que temos observado desde 2019”, avalia Paiva.

    O número de investidores em ações cresceu 26% ao comparar setembro de 2021 com o mesmo período no ano passado. Já os Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs), Fundos de índices (ETFs) e Brazilian Depositary Receipt (BDRs) subiram 40%, 96% e 1.414%, respectivamente, na mesma comparação.

    Os analistas da B3 avaliam que a diversificação é uma característica que tem se tornado cada vez mais recorrente na carteira dos investidores. Em 2016, 78% das pessoas físicas detinham apenas ações em seus portfólios. Em 2021, esse número caiu para 49%.

    “O que estamos vendo é que, cada vez mais, os investidores possuem uma combinação de ações com outros produtos de bolsa, trazendo para a prática o conceito da diversificação de carteira”, aponta o diretor da bolsa de valores brasileira.

    Desde 2019, o valor médio do primeiro investimento de uma pessoa em renda variável está cada vez menor. A quantia, que já foi de cerca de R$ 1.500 reais, hoje está em torno de R$ 273.

    “Fazendo um raio-X dos 86 mil investidores que entraram em setembro, com mediana de R$ 273, observamos que a maior parte entrou com investimentos ainda menores, na faixa até R$ 200″, diz Paiva.

    “Podemos inferir que é uma parcela do patrimônio do investidor, ainda mais combinando com o número da carteira mediana de R$ 8 mil. Ou seja, a pessoa física entra com aportes baixos, mas os mantém de forma recorrente”, acrescenta.

    Variedade

    A bolsa brasileira oferece atualmente 715 BDRs de ações e 45 BDRs de ETF liberados para o varejo. O investidor tem ainda 54 ETFs disponíveis para negociação, incluindo os de criptomoedas.

    Também foi mencionada a criação de um site específico de ETF para contribuir com a educação do indivíduo que se interessa pelo produto e deseja comparar as diferentes características com os BDRs de ETF.

    Renda Fixa

    Além da renda variável, o estudo também aponta crescimento na renda fixa, que ainda é o investimento preferido do brasileiro. São 9,6 milhões de pessoas físicas em algum tipo de produto.

    Em relação ao final de 2020, observa-se um aumento de 11% no número de CPFs e de 17% no saldo em custódia.

    O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é o produto mais requisitado. São 6,8 milhões de pessoas físicas em CDBs e um saldo de R$ 473 bilhões – crescimento de 11% do produto em relação a 2020.

    Os Recibos de Depósito Bancário (RDBs) estão em segundo lugar, com 2,3 milhões de CPFs. Na sequência estão produtos isentos do imposto de renda e que costumam oferecer rendimentos superiores aos da poupança, como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), com 907 mil pessoas físicas, e as Letras de Crédito do Agronégocio (LCAs), com 593 mil.

    “A partir dessa publicação, também passaremos a divulgar o número de investidores em diversos produtos de renda fixa. Esse quadro completo fornece informações importantes para todo o nosso ecossistema e os grandes responsáveis por essa transformação: das corretoras e bancos aos formadores de opinião e bons influenciadores”, diz Paiva.

    O número de investidores no Tesouro Direto também continua crescendo. São 16% a mais em números de CPFs em 2021 em comparação com o ano anterior, atingindo 1,7 milhão de investidores.

    Além disso, o perfil desses investidores mudou consideravelmente ao longo dos anos, tendo aumento de 16 pontos percentuais na participação das mulheres quando comparado a 2013 – elas representam, hoje, 41% dos investidores no produto.

     

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