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    Aumento no preço do querosene de aviação pode impactar preços de passagens aéreas, diz especialista

    Petrobras anunciou um aumento de 5,3% do preço médio do combustível às distribuidoras

    Novos preços entraram em vigor no dia 1 de outubro
    Novos preços entraram em vigor no dia 1 de outubro John McArthur/Unsplash

    Da CNN

    São Paulo

    A Petrobras anunciou nesta terça-feira (3) um aumento de 5,3% do preço médio do querosene de aviação (QAV) às distribuidoras. O número representa um acréscimo de R$ 0,22 por litro, informou a estatal em nota.

    Os novos preços entraram em vigor nesta semana.

    Segundo a Petrobras, os preços do QAV acumulam queda de 12,6% em 2023, correspondendo a uma redução média de R$ 0,64/litro em relação ao preço de dezembro de 2022.

    Em setembro, a estatal elevou em 21,4% o preço do querosene de aviação nas refinarias, um aumento de R$ 0,74 por litro.

    O comentarista de energia da CNN, Adriano Pires, diz que o aumento no combustível já era esperado para reduzir a defasagem no preço do petróleo e no câmbio.

    “O aumento já era esperado, assim como estamos esperando aumento no diesel porque o petróleo está caro, e o câmbio passou de R$ 5. Então para reduzir defasagem, o preço precisa ser elevado”, explica.

    Para Pires, é muito provável que o aumento no QAV reflita em um aumento na tarifa das passagens aéreas, uma vez que a alta no combustível resulta em encarecimento de custos operacionais das companhias aéreas.

    “É bem provável que isso tenha reflexo na tarifa, porque o QAV é o principal custo para as companhias aéreas. Elas vão alegar que têm que repassar parte ou a totalidade desse custo ao consumidor”, avalia.

    No entanto, Pires pondera que esse tipo de decisão é tomada pelas companhias aéreas.

    Em nota, a Petrobras reiterou que comercializa o querosene de aviação produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras.

    Elas, por sua vez, transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores.

    Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.