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    Aumento do auxílio não deve provocar pressão inflacionária, diz economista

    Em entrevista à CNN neste sábado (13), Julia Braga avaliou recuo do IPCA referente ao mês de julho

    Ludmila CandalRenata Souzada CNNIsabella Galvãoda CNN*

    em São Paulo

    Pela primeira vez em mais de dois anos, o Brasil registrou deflação, com recuo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a julho, em 0,68%. Em entrevista à CNN neste sábado (13), a professora de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Julia Braga explicou o aumento do Auxílio Brasil não deve gerar pressão inflacionária.

    “Não acredito que esse [auxílio] seja um elemento que pressione a inflação”, avaliou a economista. Segundo ela, o “fenômeno inflacionário que o Brasil está vivendo, em particular, e que o mundo está vivendo em geral é um fenômeno relacionado a custos. Não é uma inflação de demanda”.

    De acordo com a especialista, a redução no IPCA de julho “é, basicamente, advinda da desoneração tributária que ocorreu tanto na gasolina quanto na energia elétrica”.

    “A inflação é sentida de forma mais elevada nas famílias de baixa renda, porque uma parte maior do seu orçamento é destinado a itens básicos, como a moradia, os alimentos e a energia elétrica. Então a energia elétrica deu um alívio, mas os alimentos ainda têm uma pressão inflacionária muito forte”, disse.

    O índice traz uma média ponderada de diversos preços de itens que representam uma cesta de bens de consumo. Juntos, a energia elétrica e a gasolina correspondem a 10% do peso total do IPCA. “Qualquer variação no preço da gasolina e da energia elétrica tem um impacto muito elevado nesse índice”, explicou Braga.

    Em relação aos próximos meses, a especialista afirmou que a expectativa é de que o mês de agosto também traga deflação, mas os meses subsequentes voltem a registrar inflação.

     

    Assista à íntegra da entrevista no vídeo acima.