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    Aumento da produtividade na Europa durante pandemia pode perder força, aponta BCE

    A redistribuição da força de trabalho para setores mais produtivos também pode se reverter

    Atividade industrial
    Atividade industrial Mariangela Ctr

    O crescimento da produtividade do trabalho na zona do euro saltou no início da pandemia uma vez que as empresas correram para se adaptar a tecnologias digitais, mas a maior parte dos ganhos corre o risco de corrosão, mostrou nesta quarta-feira (10) estudo do Banco Central Europeu.

    O aumento da produtividade na Europa foi anêmico por anos, contendo a expansão econômica geral, e alguns economistas esperavam que a rápida adaptação a soluções digitais devido à pandemia de Covid-19 poderia se manter.

    Dados até agora sugerem que isso está acontecendo já que a produtividade está agora mais de 2% acima daquela vista no último trimestre de 2019, mesmo que tenha recuado um pouco desde o início da recuperação, disse o BCE em artigo do Boletim Econômico.

    “A pandemia acelerou a tendência para digitalização que já havia começado bem antes da crise”, disse o BCE.

    “Embora parte da mudança para o trabalho remoto possa ser revertida ao longo do tempo, parte deve persistir … e pode potencialmente abrir a porta para ganhos substanciais em termos de produtividade e bem-estar do empregado”, completou o BCE.

    Mas a mudança não será livre de riscos.

    Diferente de outras crises, a pandemia ainda não levou a um fechamento em massa de empresas de baixa produtividade já que garantias do governo mantêm as empresas vivas, interrompendo o que normalmente é um processo de “destruição criativa”, completou o BCE.

    A redistribuição da força de trabalho para setores mais produtivos também pode se reverter.

    Conforme as medidas de contenção forçaram as empresas a acabar com muitas interações pessoais, normalmente tarefas de baixa produtividade, a atividade foi redistribuída, respondendo por 30% a 40% do aumento da produtividade, disse o BCE.