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    Atakarejo pagará R$ 20 milhões por tortura e morte de dois jovens negros

    Rede atacadista também terá que adotar medidas de combate ao racismo; ação não extingue outros processos contra a empresa, como na esfera criminal

    Unidade do supermercado Atakarejo
    Unidade do supermercado Atakarejo Divulgação/YouTube Atakarejo

    da Agência Estado

    Fausto Macedo e Rayssa Motta, do Estadão Conteúdo

    Quase dois anos e meio após o assassinato de dois jovens negros flagrados furtando carne dentro de uma das unidades do supermercado Atakarejo, em Salvador, a rede atacadista vai pagar R$ 20 milhões de indenização por dano moral coletivo e terá que adotar diversas medidas de combate ao racismo.

    A empresa fechou um acordo judicial com a Defensoria Pública da União (DPU) e diversas instituições e entidades negras, homologado na segunda-feira (18).

    Veja também — Silvio Almeida: O racismo tem mecanismos para funcionar

    O acordo por dano moral coletivo foi proposto pela Defensoria da União. Também subscrevem o documento a Defensoria Pública da Bahia, Ministério Público do Trabalho na Bahia, Ministério Público Estadual, Educafro, Odara – Instituto da Mulher Negra e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos.

    O Atakarejo pagará a primeira de 36 parcelas fixas em meados de outubro. A quantia será destinada ao Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad) e deverá ser utilizada para custear, preferencialmente, “iniciativas que guardem afinidade com o combate ao racismo estrutural”.

    O acordo foi protocolado no âmbito de uma ação civil pública e não elimina outros processos contra a empresa, como na esfera criminal e ações indenizatórias para a família das vítimas.

    A CNN entrou em contato com a rede Atakarejo, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.