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    Associação pede ao governo volta do horário de verão em 2024

    ACSP avalia que volta do horário de verão seria benéfica para economia brasileira como um todo

    Pleito será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME) e ao Gabinete da Presidência da República
    Pleito será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME) e ao Gabinete da Presidência da República Joseph Redfield/Pexels

    Francisco Carlos de Assis, do Estadão Conteúdo

    As pessoas se sentem mais seguras e à vontade para permanecerem nas ruas, passearem pelas lojas e fazerem suas compras depois do horário de trabalho quando podem aproveitar a luz natural por mais tempo.

    Esse é um dos argumentos que a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) levará ao governo para manifestar seu apoio à volta do horário de verão em 2024.

    O pleito será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME) e ao Gabinete da Presidência da República.

    A ACSP acredita que a retomada da prática de se adiantar os relógios em uma hora será essencial para impulsionar a economia nacional e trazer benefícios tanto para os empreendedores, como para os consumidores.

    Praticado no Brasil desde 1931, o horário de verão, de acordo com a entidade, além de ser uma prática consolidada em todo o mundo, é uma ferramenta valiosa para a economia do país.

    A medida foi suspenso oficialmente em abril de 2019 pelo Decreto 9.772 do então presidente Jair Bolsonaro sob a alegação de que os benefícios desejados não estavam mais sendo alcançados.

    Com a mudança de governo, esperava-se que a prática de se adiantar os relógios em uma hora fosse ser retomada. A própria primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, manifestou apoio à medida.

    Mas, recentemente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sepultou a possibilidade da volta do horário de verão neste ano porque, segundo os técnicos da área de energia, os reservatórios de água das hidrelétricas estão com seu maior nível de armazenamento em mais de dez anos.

    Contudo, Silveira não descartou por completo a volta do horário de verão em 2024.

    A ACSP, segundo seu presidente, Roberto Matheus Ordine, entende que o horário de verão ainda contribui para a redução do consumo de energia elétrica, podendo:

    • aliviar a demanda durante horário de pico;
    • implicar em menor pressão sobre o sistema elétrico;
    • diminuir custos de produção e distribuição de energia.

    Desse modo, a associação avalia a possibilidade de que as contas fiquem mais baixas para os consumidores.

    “Com a possibilidade de aproveitar o horário estendido de luz natural, o turismo também é beneficiado. O setor hoteleiro e de entretenimento pode experimentar um aumento na demanda, gerando mais empregos e impulsionando a economia regional”, avalia Ordine.

    O executivo reitera que com mais tempo de iluminação natural, as ruas se tornam mais seguras para os cidadãos, reduzindo a incidência de acidentes e crimes, contribuindo para a sensação de segurança e bem-estar da população, o que estimula o comércio noturno.

    A ACSP diz também que dados históricos comprovam que o horário de verão já foi benéfico para a economia brasileira, impulsionando o comércio e o varejo.

    Para a entidade, sua reintrodução representaria um importante estímulo para a recuperação econômica após os desafios enfrentados nos últimos anos, especialmente dos impactos da pandemia.

    Veja também: Bares e restaurantes pedem volta do horário de verão