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    Assessores de Milei admitem à equipe econômica no Brasil que dolarização vai provocar recessão

    Eles acreditam que, apesar do custo social alto, é a única maneira de combater a inflação, que pode chegar a 200% no final do ano, dizem fontes

    Candidato presidencial à Presidência da Argentina Javier Milei: Argentina tem histórico de manifestações e chegou a trocar de presidente diversas vezes no auge de uma crise nos anos 2000
    Candidato presidencial à Presidência da Argentina Javier Milei: Argentina tem histórico de manifestações e chegou a trocar de presidente diversas vezes no auge de uma crise nos anos 2000 Tomas Cuesta/Getty Images

    Raquel Landimda CNN

    Assessores econômicos do candidato libertário, Javier Milei, admitiram em conversas reservadas com a equipe econômica no Brasil que a dolarização pode provocar uma recessão na Argentina, apurou a CNN.

    Eles acreditam que, apesar do custo social alto, é a única maneira de combater a inflação, que pode chegar a 200% no final do ano.

    Nas conversas, havia uma divisão entre os assessores do candidato, se a dolarização viria logo no início de um eventual segundo mandato ou a partir do segundo ou terceiro ano.

    As autoridades brasileiras que participaram dessas conversas técnicas informais se dividem. Alguns acreditam que vai ser necessário um tratamento de choque na economia argentina, outras dizem que o país não suporta o custo social de uma recessão severa.

    Uma recessão dessa magnitude poderia, na avaliação dessas fontes, provocar protestos no país vizinho e profunda instabilidade política. A Argentina tem histórico de manifestações e chegou a trocar de presidente diversas vezes no auge de uma crise nos anos 2000.

    Como a Argentina não emite dólares e não possui reservas suficientes, a dolarização da economia geraria uma restrição de dinheiro em circulação, o que equivale a uma fortíssima alta de juros. O que controlaria a inflação, mas também geraria uma forte recessão.

    Veja também – Entenda como a Argentina chegou até a atual crise econômica