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    Assembleia elege oito membros para Conselho da Petrobras nesta sexta-feira (19)

    Dos indicados pelo governo federal, dois tiveram os nomes reprovados pelo Comitê de Elegibilidade por conflito de interesses; mesmo assim, concorrem

    Pauline Almeidada CNN

    no Rio de Janeiro

    Começa nesta sexta-feira (19), às 13h, a assembleia geral de acionistas da Petrobras que vai eleger uma nova composição do Conselho de Administração da companhia e o novo presidente do grupo. Estão em jogo oito das 11 cadeiras. Concorrem oito indicados do governo federal e dois dos acionistas minoritários.

    A atenção estará voltada para dois nomes específicos, apontados pelo governo federal: Jonathas Assunção de Castro, número 2 do Ministério da Casa Civil, e Ricardo Soriano de Alencar, procurador-geral da Fazenda. Os dois tiveram os nomes reprovados pela atual composição do CA e pelo Comitê de Elegibilidade por conflito de interesses.

    No caso de Castro, o Celeg alertou para o impedimento pelo exercício de um cargo político. Já em relação a Alencar, por ser procurador-geral da Fazenda e fazer a defesa da União, poderia acabar em situações em que Petrobras e União antagonizam.

    No manual da assembleia divulgado pela Petrobras, inicialmente, não constavam os dois, apenas os outros seis escolhidos pelo governo: Gileno Gurjão Barreto, apontado para presidência do CA, Caio Mario Paes de Andrade, atual presidente da companhia, Edison Antonio Costa Britto Garcia, Iêda Aparecida de Moura Cagni, Márcio Andrade Weber e Ruy Flaks Schneider.

    No entanto, o Ministério de Minas e Energia manteve as escolhas, afirmando que não constatou os supostos impedimentos apontados pelo Comitê de Elegibilidade.

    Fatos relevantes divulgados posteriormente confirmaram os nomes. No dia 11 de agosto, a Petrobras comunicou o recebimento de um ofício do Ministério da Economia ratificando o nome de Ricardo Soriano de Alencar. Já no dia 15 de agosto, foi a vez de um comunicado sobre um ofício recebido do Ministério de Minas e Energia, com a escolha de Jonathas Assunção de Castro.

    A Petrobras havia questionado a Comissão de Valores Mobiliários sobre como proceder quando uma indicação afronta a Lei das Estatais. A empresa perguntou se deveria convocar a assembleia sem a inclusão dos indicados e o que fazer se “o número de candidatos considerados como vedados pelo Conselho de Administração inviabilizar o preenchimento das vagas disponíveis.

    À Petrobras, no início de agosto, a CVM afirmou que “caso seja verificada infração ao §1º do art. 147 da Lei nº 6.404/76, as eventuais responsabilidades serão apuradas pela Superintendência de Relações com Empresas”, e apontou que “causa estranheza que o acionista controlador tenha mantido as indicações dos dois candidatos considerados inelegíveis pelo CA.”

    A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas (Anapetro) chegou a apresentar um pedido à CVM para suspender a votação, por conta das indicações de Castro e Alencar. Mas, segundo a estatal, o pedido foi negado por intempestividade, vícios e carências formais. A comissão não avaliou a elegibilidade ou não dos candidatos.

    A CNN questionou a Petrobras sobre o que deve acontecer no caso da assembleia optar pelos dois entre os membros do CA, mas não teve retorno.