Apple poderá ser forçada a abandonar modelo de carregador na Europa
Nesta terça-feira (4), o Parlamento Europeu deu aprovação final a novas regras que devem ser aplicadas a eletrônicos de pequeno e médio porte em 2024
A União Europeia está a um passo de forçar a Apple e outros fornecedores de eletrônicos a usar um único padrão de carregamento para dispositivos como telefones e tablets.
Nesta terça-feira (4), o Parlamento Europeu deu aprovação final a novas regras que devem ser aplicadas a eletrônicos de pequeno e médio porte a partir do final de 2024.
Dispositivos maiores, como laptops, serão abrangidos pelas regras a partir da primavera de 2026.
A primeira lei do tipo exigirá que uma vasta gama de novos dispositivos vendidos na UE usem o padrão de carregamento USB-C.
Exemplos de outros eletrônicos cobertos incluem câmeras recarregáveis, fones de ouvido, alto-falantes portáteis e consoles de videogame portáteis.
A decisão significará em grande parte o fim dos padrões de cobrança proprietários no bloco comercial, como o conector Lightning da Apple, atualmente usado para iPhones.
A proposta da UE levou a pedidos de padrões semelhantes por legisladores de outras partes do mundo.
No início deste ano, nos Estados Unidos, um trio de senadores democratas pediu ao Departamento de Comércio que desenvolvesse uma “estratégia abrangente” de cobrança de acessórios, alegando inconveniência ao consumidor e desperdício ambiental.
Durante o processo legislativo da UE, a Apple disse às autoridades que a regra proposta tornaria obsoletos até um bilhão de dispositivos e acessórios que usam o conector Lightning, de acordo com um relatório do Parlamento da UE .
Um estudo de 2021 citado no mesmo relatório descobriu que os iPhones com conectores Lightning representaram 18% das novas vendas de telefones celulares em 2019, com 44% usando USB-C e 38% usando um conector USB mais antigo conhecido como Micro-B.
A votação de terça-feira é uma das várias etapas formais necessárias para finalizar uma política elaborada por autoridades da UE neste verão.
A medida ganhou apoio esmagador no Parlamento da UE com 602 votos para aprová-la, 13 votos contra e 8 abstenções.
Agora segue para o Conselho Europeu para aprovação final.
