Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Após dois anos de restrições, “inflação do Carnaval” sobe 15% em 12 meses

    Levantamento do FGV Ibre destaca alta dos preços no setor de serviços e em itens específicos como anticoncepcionais e artigos de maquiagem

    "Inflação do Carnaval": anticoncepcionais, artigos de maquiagem, protetor de pele e gastroprotetor são itens de destaque na cesta monitorada pela FGV
    "Inflação do Carnaval": anticoncepcionais, artigos de maquiagem, protetor de pele e gastroprotetor são itens de destaque na cesta monitorada pela FGV Fernando Frazão/Agência Brasil

    Fabrício Juliãoda CNN

    em São Paulo

    Depois de dois anos de comemorações restritas devido à pandemia da Covid-19, o Carnaval de 2023 é o primeiro desde a descoberta do vírus a ocorrer sem limitações e controles nos foliões, e a volta das festas deve trazer preços mais elevados durante este período, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

    O estudo aponta que a “inflação do Carnaval” acumulou alta de 15,5% nos últimos 12 meses até janeiro, mais que o triplo da inflação geral registrada pelo IPC-DI (índice de inflação da FGV), que ficou em 4,62% para o mesmo período.

    A lista contém 26 itens acompanhados no IPC-DI que costumam ser consumidos durante o período festivo, que vão desde serviços básicos até produtos mais específicos desta época do ano.

    Entre as principais altas, destacam-se as passagens aéreas, que subiram 58,83% nos últimos 12 meses, tarifas de táxi (11,82%), anticoncepcionais (11,57%), transporte por aplicativo (9,93%) e hotéis (9,85%).

    Veja a cesta completa abaixo:

    A cesta é composta de itens do setor de serviços bastante consumidos durante feriados em geral, mas também especificamente no Carnaval, como anticoncepcional e gastroprotetor, conforme explicou à CNN o economista Matheus Peçanha, responsável pelo levantamento.

    Em relação aos artigos de maquiagem, que subiram 6,88% no período, o economista destacou que o item é um proxy para avaliar a alta de enfeites, fantasias e alegorias, comuns durante o Carnaval.

    “Era esperado que esta cesta apresentasse alta em 12 meses devido à demanda reprimida em razão da pandemia, principalmente no setor de serviços, que foi bastante impactado pelas restrições e pelo isolamento”, afirmou Peçanha.

    “Agora, o setor tem mais espaço para reajustar seus preços com o retorno da demanda, mesmo com o emprego e a renda ainda comprometidos. Então, o folião que se expuser a esse consumo vai gastar mais”, acrescentou.

    Outros itens, como alimentação fora de casa, também subiram “consideravelmente” no levantamento, segundo o pesquisador. “Sucos de frutas, açaí, sorvetes e água mineral fora de casa costumam ser bastante consumidos fora de casa nesta época de foliões”, explicou.