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    Após caso de gripe aviária em aves domésticas, ministro diz à CNN que “não há risco de fechamento de mercados”

    Carlos Fávaro afirma que pasta da Agricultura adotou medidas para evitar proliferação do vírus e que não há perigos para o consumo

    Basília Rodriguesda CNN

    Em Brasília

    O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou à CNN nesta terça-feira (27), que foi detectado o primeiro foco de gripe aviária em aves domésticas no Brasil.

    O vírus da Influenza aviária (IAAP – H5N1) foi identificado em uma criação de subsistência localizada no município de Serra, no Espírito Santo, onde havia pato, ganso, marreco e galinha.

    Atualmente, o Brasil registra 50 focos de gripe em aves silvestres, mas esta é a primeira vez que o vírus é verificado em aves domésticas, desde que a IAAP deu entrada no país, em 15 de maio.

    Restrições costumam ser adotadas quando há incidência da doença em granjas comerciais, ao contrário da situação em jogo identificada em uma criação doméstica

    Fávaro afirma que a pasta adotou medidas para evitar proliferação do vírus e que, por isso, não há riscos para o consumo interno e nem de fechamento de mercados internacionais.

    “Isso não restringe nada no mercado. O grande combate é não deixar entrar em granjas comerciais. Primeiro dizer para a população que não há risco do consumo de carne de aves. Não há risco de contaminação, mas também não deve ficar manuseando os animais contaminados. O sistema de defesa vai lá, recolhe, dá o devido destino para que a gente possa continuar com segurança produzindo carne de frango e ovos com qualidade para população brasileira e também para as exportações”, explicou.

    Como o Brasil possui status de país livre de gripe aviária, atualmente 35% do mercado mundial de frango é abastecido pela produção brasileira.

    Pelas estimativas do governo, o país poderá alcançar de 42% a 45% desse mercado neste ano, desde que consiga manter o alinhamento com as normas técnicas e sanitárias.

    “Não fecha mercado. Não pode é entrar em granjas comerciais. O nosso sistema de defesa está preparado. Os nossos criatórios, nossas empresas criadoras, a associação que representa esses produtores estão nos ajudando na conscientização, nas precauções, em todos os criatórios comerciais do Brasil”, explicou o ministro.

    Em maio, o governo decretou estado de emergência zoossanitária no país por 180 dias diante do avanço do número de casos de influenza aviária.

    Com isso, foi autorizada liberação de R$ 200 milhões para fortalecer o sistema de defesa.

    “Tenho certeza que nós vamos continuar sendo um dos quatro países do mundo que tem o status de livre de gripe aviária. Certamente, em algum momento, o mundo precisa decidir se é caso de entrar com vacinação, se é modificar as questões de restrições porque, hoje, se entrar em uma granja comercial fecha o país todo para o comércio internacional, e quem vai suprir isso? Precisamos pensar no abastecimento global”, disse.