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    Após aprovação na Câmara, Haddad diz estar confiante em avanço do PL das offshores no Senado

    Segundo ministro da Fazenda, texto aprovado tem condições de aumentar a arrecadação federal

    Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto
    Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto 28/08/2023REUTERS/Adriano Machado

    Cristiane Nobertoda CNN

    em Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (26) que está confiante na aprovação do PL que taxa fundos offshores e exclusivos no Senado Federal. O texto foi aprovado na noite de quarta-feira (25) na Câmara dos Deputados horas depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocou o comando da Caixa Econômica por um aliado do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

    “Eu penso que a Câmara fez um bom trabalho. A gente espera a aprovação do Senado, vamos para a próxima etapa. O presidente Lira já disse que tem novas medidas para tomar, a gente está construindo alternativas para as medidas que foram tomadas, para facilitar a negociação. Temos ainda alguns desafios aí, mas estou confiante”, disse.

    Segundo o ministro, o texto aprovado tem condições de aumentar a arrecadação federal. “Estou esperando que possa haver um aumento na arrecadação, porque eles (deputados) introduziram mecanismos que estimulam a adesão. E como a alíquota ficou abaixo do previsto originalmente, talvez a adesão seja maior, justamente em virtude dos incentivos que o próprio projeto gera”, afirmou.

    Pelo parecer do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), a tributação das offshores será de 15%, independente dos valores dos rendimentos, de forma anual.

    Já fundos exclusivos foram inseridos a uma tributação semestral periódica (chamada de “come-cotas”), com alíquotas de 15% no caso dos fundos de longo prazo e 20%, no caso dos fundos de curto prazo.

    Com relação à isenção do Imposto de Renda para pessoa física nos rendimentos nos Fundos de Investimento em cadeias Agroindustriais (Fiagros) e dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) ficou definido o limite de 100 cotistas e até 30% as cotas que familiares de até segundo grau podem deter.

    Nos investimentos futuros a alíquota ficou em 8%.

    Troca de comando na Caixa

    Na manhã de quarta-feira, Haddad se reuniu com Lira para destravar o PL das offshores. Segundo apurou a CNN, após o encontro, que durou uma hora e ocorreu na Residência Oficial da Câmara, o deputado firmou o compromisso de votar o projeto.

    Ao ser questionado se durante a reunião com Lira falou sobre a indicação para a Caixa, Haddad disse que conversou “lateralmente” sobre o assunto.

    “Eu falei lateralmente com ele (Lira) sobre isso. É da alçada do presidente da República desde o ano passado. Eu participei das conversas, mas foi uma decisão que foi tomada pelo presidente”, disse.

    O PP, legenda de Arthur Lira, indicou o novo presidente da Caixa, Carlos Vieira, anunciado oficialmente como substituto de Rita Serrano horas antes do início da sessão na Câmara que aprovou a chamada taxação dos super-ricos. Vieira é funcionário de carreira do banco.

    Veja também – Governo pode arrecadar R$ 20 bilhões em 2024 com taxação dos super-ricos