Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Após 1º turno, Goldman Sachs fala em desbloqueio de “círculo virtuoso” no câmbio

    No dia seguinte ao da votação, Ibovespa subiu 5,5%, em um movimento que, segundo especialistas consultados pelo CNN Brasil Business, reflete como um cenário de moderação é visto com bons olhos pelos investidores

    Tamara Nassifdo CNN Brasil Business , em São Paulo

    É possível que o real e as taxas de referência do país se fortaleçam caso o resultado do segundo turno seja reconhecido por ambos os candidatos à Presidência, avaliou o Goldman Sachs em relatório divulgado nesta segunda-feira (10).

    A análise, de acordo com o banco norte-americano, decorre de um cenário de menor incerteza, após o resultado do primeiro turno do pleito, ocorrido no último 2 de outubro.

    Isso porque, além da disputa pela cadeira presidencial ter sido mais apertada que o esperado, a formação de um Congresso mais à direita indica que os riscos do próximo governo adotar uma “política econômica não-convencional” foram “significativamente moderados”.

    “O alívio nos mercados brasileiros após o primeiro turno, parcialmente, desbloqueou um círculo virtuoso nas taxas de câmbio no Brasil”, disse o banco em relatório.

    No dia seguinte ao da votação, os mercados operaram com otimismo a ponto do Ibovespa encerrar o pregão com alta de 5,5%, em um movimento que, segundo especialistas consultados pelo CNN Brasil Business, reflete como um cenário de moderação é visto com bons olhos pelos investidores.

     

    “A forma com que se deram os movimentos do mercado desde o primeiro turno também implica que alguns macroinvestidores podem estar esperando por uma redução na incerteza eleitoral antes de se envolverem mais ativamente com uma história macroeconômica positiva no Brasil, formando um ‘círculo virtuoso’ para o câmbio e as taxas brasileiras”, disse o relatório.

    A leitura é que, com a taxa Selic estacionada a 13,75% até meados do próximo ano e a economia já demonstrando deflação nos últimos meses, a moeda brasileira provavelmente ganhará fôlego a partir do segundo turno das eleições. Da outra ponta, “investidores de taxas locais também se beneficiarão das mudanças em andamento no câmbio, já que a força do real deve resfriar mais a economia”.

    O risco desse cenário, contudo, reside em como o acirramento da disputa presidencial tem colocado em dúvida o respeito ao resultado do pleito, que traz mais volatilidade ao mercado. O segundo turno das eleições está marcado para o próximo dia 30 de outubro.

     

    Tópicos