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    Apoio “expressivo” ao marco fiscal traz confiança para aprovação da reforma tributária, diz Haddad

    Texto-base do marco fiscal foi aprovado na Câmara na terça-feira, com 372 votos favoráveis e 108 contrários

    Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
    Ministro da Fazenda, Fernando Haddad MF

    Danilo Moliternoda CNN

    São Paulo

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (24), em Brasília, que o “placar expressivo” da votação para o marco fiscal traz “confiança” para a aprovação da reforma tributária.

    “Foi um placar expressivo. A Câmara deu uma demonstração de que busca entendimento para ajudar o Brasil a recuperar as taxas de crescimento mais expressivas. Isso também me dá muita confiança para a reforma tributária, que é a próxima tarefa a cumprir”, disse.

    O texto-base do marco fiscal foi aprovado na Câmara dos Deputados na noite da terça-feira (23), com 372 votos favoráveis e 108 contrários.

    Após o avanço da regra fiscal, a Fazenda volta seus esforços para a aprovação da reforma tributária. Segundo Haddad, a pasta colocará a Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária à disposição do relator da medida, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), para avanço das tratativas.

    “Estou muito confiante de que essas duas reformas, regra fiscal e reforma tributária, vão nos colocar em outro patamar de crescimento potencial. Vamos sair de uma década de baixíssimo crescimento e penso que vamos inaugurar um ciclo que pode ser muito promissor para o Brasil”, completou o ministro.

    Voto de qualidade no Carf

    Durante a conversa com a imprensa, Haddad afirmou também que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), garantiu em reunião realizada na terça-feira (23) que o voto de qualidade no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) passará a ser tratada na Casa.

    “Ele anunciou que vai abrir esse diálogo agora, cumprindo essa etapa da regra fiscal, com os líderes. Ele falou que é um tema sensível, e eu respondi a ele que temos  apoio do Tribunal de Contas, ministros do STJ, e a própria OCDE deixou claro que com a regra anterior o Brasil não poderia figurar entre seus países”, disse Haddad.

    O ministro destacou que a paralisação da discussão aumenta ainda mais o grau de litigiosidade no Conselho. Ele estimou a cifra em R$ 150 bilhões e disse que a questão não gera riscos fiscais neste momento, mas afirmou temer efeitos do prolongamento da indefinição.

    Ainda sobre o futuro da pasta, Haddad voltou a afirmar que “a partir de agosto quer dedicar muito tempo do Ministério da Fazenda para a questão da transição ecologia”.