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    Apesar de alta no volume total de crédito, novas concessões recuaram em maio

    Os números aparecem em meio ao período de crise econômica por conta da pandemia, que aumenta a busca de famílias e empresas por empréstimos

     
      Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    Mesmo com a alta de 0,3% no volume total de crédito, que somou R$ 3,595 trilhões, o número de novas concessões em maio recuou 2,5%, totalizando R$ 288,5 bilhões. Os números aparecem em meio ao período de crise econômica por conta da pandemia, que aumenta a busca de famílias e empresas por empréstimos. Vale destacar que, principalmente entre as empresas, tem sido observada uma dificuldade no acesso ao crédito. 

    Os dados fazem parte da Nota de Crédito do Banco Central, publicada nesta sexta-feira (26). No segmento de recursos livres, no qual os bancos têm mais facilidade de emprestar, a queda das concessões foi de 3,6%, com as operações somando R$ 255,8 bilhões no mês passado. O saldo total de crédito nesse segmento ficou em R$ 2,101 trilhões em maio, com leve avanço de 0,1%. 

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    Quando analisamos as concessões à empresas, o volume concedido avançou 12,6% nos recursos direcionados, puxado pelos empréstimos para capital de giro, que, em maio, avançaram 16,3%. O BC vem estimulando esse tipo de financiamento para estimular empresas durante a pandemia. Já no crédito livre, as concessões para pessoas jurídicas caíram 9,4%, no entanto, com alta de 16,7% em 12 meses até abril. 

    Para pessoas físicas, as concessões de recursos livres subiram 3,3% no mês e 12,3% em 12 meses. Em maio, totalizaram R$ 125,7 bilhões. No crédito direcionado, as concessões para pessoas físicas avançaram 2,6% no mês e 12,7% em 12 meses, somando R$ 19,4 bi no mês passado.

    Juros bancários 

    A taxa média de juros recuaram 1,1% em maio, ficando em 20,4% ao ano. No crédito livre, a taxa passou de 31,3% ao ano, em abril, para 29,5% ao ano, em maio. 

    Enquanto o juros médio no crédito livre recuou 1,9% para as famílias, a redução para empresas foi de 1,5%. Assim, as taxas de maio ficaram em 42,7% ao ano e 14,2% ao ano, respectivamente. 

    O Indicador de Custo de Crédito (ICC), que reflete o volume de juros pafos por famílias e empresas, recuou 0,5 ponto porcentual, ficando em 12,4% a.a no mês passado. 

    Inadimplência e Spread 

    A taxa de inadimplência em operações de crédito recuou 0,1%, atingindo 3,2%. Enquanto nos recursos livres a taxa ficou estável em maio em 4%, para recursos direcionados passou de 2,3%, em abril, para 2,1%, em maio. 

    No crédito livre, a inadimplência de pessoas físicas continuou em 5,5% no mês passado. Para empresas, a taxa se manteve em 2,4%.

    O spread bancário, que é a diferença entre o custo do dinheiro que os bancos captam e o que é cobrado do cliente, também recuou. A taxa passou de 17,2 pontos percentuais em abril para 16,4 pontos percentuais em maio.

    O spread médio da pessoa física foi de 22,9 para 22,1 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 8,6 para 8,1 pontos porcentuais.

    Enquanto no crédito livre o spread médio foi de 26,2 p.p para 24,6 p.p, no crédito direcionado a taxa passou de 4,2 para 4,5 pontos porcentuais de abril para maio.

    Taxa por modalidade 

    As taxas de juros para as duas modalidades mais caras do mercado de crédito caíram mais uma vez em maio. No cheque especial, a taxa ficou em 117,1% ao ano, equivalente a 6,7% ao mês. 

    Desde janeiro, o limite para a taxa da modalidade para pessoa física foi em 8% ao mês, equivalente a 151% ao ano, fixado pelo Banco Central.

    Ja no cartão de crédito rotativo, quando o consumidor não paga o valor integral da fatura, a taxa mensal dos juros caiu 10,3 pontos percentuais, passando de 313,7% ao ano para 303,4% a.a. 

    Vale destacar o cenário para esses resultados ocorre em um momento em que a taxa básica de juros, a Selic, está em sua mínima histórica, em 2,25% ao ano.

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