Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Anatel aumenta combate ao streaming pirata

    Em seis meses, Agência Nacional de Telecomunicações já realizou 22 operações de bloqueios de IPS de sinais clandestinos

    Adriana De Lucada CNN

    São Paulo

    Em uma das maiores regiões de comércio eletrônico do país, a Santa Efigênia, no centro de São Paulo, a oferta de produtos piratas é deliberada. A CNN acompanhou e fez flagrantes da oferta de produtos que decodificam canais de streaming e de TV paga.

    “Um aparelho desse, dependendo do modelo que o senhor pegar, você fica de quatro a cinco anos sem pagar nenhum tipo de mensalidade. Você tem netflix, globoplay, amazon…você tem premiere, combate, canais adultos…” oferece um vendedor ambulante.

    Estes equipamentos são chamados de “TV box”. Alguns aparelhos são legalizados e homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), neste caso eles vem com um selo da Anatel colado na caixa. Porém, muito dos equipamentos oferecidos livremente no centro da capital paulista são piratas. Uma prática que vem sendo combatida pela Anatel há anos.

    Mas desde fevereiro, as ações para o combate do “gatonet” foram intensificadas. De acordo com o vice-presidente da Anatel, Moisés Moreira, foram 22 operações de bloqueio até agora e 1,4 milhão de aparelhos clandestinos, no valor estimado de mais de R$ 400 milhões, já foram retirados de circulação durante as fiscalizações.

    Em apenas um dia de operação, 500 mil acessos clandestinos foram cancelados, com bloqueio, inclusive de cabos submarinos de conexão internacional.

    “Esse trabalho de bloqueio de IP acaba desestimulando o usuário desse serviço ilegal porque ele está vendo que não tem prosseguimento na programação que ele contratou. Ele contrata isso por um preço muito inferior e acaba ficando desestimulado com esse serviço”, afirma Moisés.

    A Anatel também tem parceria com 184 prestadoras para bloquear os sinais clandestinos. E um laboratório está sendo montado, em parceria com a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), na sede da Agência, em Brasília, para estudar as TV boxes. De acordo com a Anatel, além de crime, o uso dos aparelhos clandestinos representam um risco às redes e à segurança dos seus usuários.

    “Ao se conectar na internet da sua casa pra fazer toda operação de ligar com aquele provedor, pra quebrar a criptografia daquele canal, ele também consegue roubar dados de qualquer aparelho que está ligado na sua casa. Então se o seu celular está conectado com a wi-fi, ele pode roubar senha do seu banco, pode roubar outras informações pessoais…”, afirma o vice-presidente da Anatel.

    Veja também: Instalação do 5G é liberada em mais 347 cidades nesta segunda (27)