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    Americanas pode pedir mais 48 horas para divulgar lista de credores, diz TJ-RJ

    Empresa considera prazo adequado para enviar a lista de credores até esta terça-feira e pode solicitar prazo adicional, segundo o Tribunal de Justiça do Rio

    Fachada das Lojas Americanas, no centro de Fortaleza (CE)
    Fachada das Lojas Americanas, no centro de Fortaleza (CE) 12/01/2023 - Foto: DAVI ROCHA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    Fabrício Juliãoda CNN

    em São Paulo

    A Americanas não enviou a lista de credores na segunda-feira (23), conforme estipulado pela Justiça, segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A CNN apurou que a varejista entende que o prazo de 48 horas para envio do documento deveria ser contado a partir de ontem, tendo fim nesta terça-feira (24).

    A apresentação de uma lista de credores e as respectivas dívidas para com eles foi pedida pela 4ª Vara Empresarial do TJ-RJ no dia 19 de janeiro (quinta-feira). No entanto, o órgão afirma que a Americanas alega que somente no dia 21 (sábado) deste mês teria tido conhecimento da decisão.

    Ainda de acordo com o TJ, a empresa justifica que, em razão do feriado de São Sebastião, na sexta-feira, emendado com o final de semana, o prazo estipulado pela Justiça deveria começar a contar a partir de segunda-feira por ser dia útil.

    A 4ª Vara Empresarial ainda não se manifestou sobre o entendimento da Americanas sobre a decisão. Caso o juízo final seja diferente do que acredita a varejista, a mesma pode solicitar 48 horas adicionais para o envio da lista de credores.

    A CNN entrou em contato com a Americanas, mas não teve resposta até o momento desta publicação.

    O pedido da divulgação de uma lista com os credores, incluindo bancos, empresas e pessoas físicas, foi feito pela Justiça após a solicitação de recuperação fiscal da Americanas ter sido acatada.

    Ao todo, estima-se que a varejista deva cerca de R$ 43 bilhões, como ela própria admitiu, para 16 mil credores.

    Vale ressaltar que 30% da companhia é composto por um grupo de três acionistas: Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.

    Quando a crise estourou, os três empresários chegaram a negociar com bancos e ofereceram R$ 6 bilhões para reforçar a empresa, mas os bancos acharam pouco, segundo o analista de economia da CNN Fernando Nakagawa. As instituições queriam pelo menos R$ 10 bilhões para começar a conversar, e as partes não chegaram a um acordo, o que levou à recuperação judicial.

     

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