Alvo do Centrão, Desenvolvimento Social tem 3º maior orçamento da Esplanada, mas se esvazia sem Bolsa Família
Segundo apuração da CNN, a pasta que hoje é chefiada pelo petista Wellington Dias foi oferecida ao PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira
O Ministério do Desenvolvimento Social, que é cobiçado pelo Centrão em meio à reforma ministerial que vem sendo desenhada pelo presidente Lula, tem o terceiro maior orçamento da Esplanada, com R$ 273 bilhões previstos para 2023. Sem o Bolsa Família, contudo, seu fôlego para despesas é esvaziado.
Segundo apuração da CNN, a pasta que hoje é chefiada pelo petista Wellington Dias foi oferecida ao PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL). O partido indicou o deputado federal André Fufuca (PP-MA) para comandar o Ministério.
Foi ventilada a possibilidade de Lula ceder a pasta ao Centrão, mas retirar de suas atribuições o Bolsa Família — programa simbólico para o PT e com potencial político e eleitoral.
No Orçamento de 2023 estão previstos R$ 176 bilhões para o Bolsa Família. Sem o programa, a cifra total do Desenvolvimento Social passaria para algo em torno de R$ 97 bilhões.
Com isso, a pasta teria orçamento inferior não somente ao da Fazenda (R$ 3 trilhões) e da Previdência Social (R$ 880 bilhões), mas também ao da Saúde (R$ 189 bilhões), Educação (R$ 188 bilhões), Defesa (R$ 123 bilhões) e Trabalho (R$ 99 bilhões). Também ficaria atrás daquele que receber o Bolsa Família.
Em outro foco da reforma da Esplanada, o Ministério de Portos e Aeroportos pode ser cedido ao Republicanos. Com isso, sairia Márcio França e assumiria o deputado federal Silvio Costa Filho (PE). O orçamento é mais modesto, algo em torno de R$ 10 bilhões.