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    Alta de custos pressiona e Carrefour Brasil registra prejuízo de R$ 113 milhões no 1º trimestre

    Resultado veio bastante abaixo do esperado e mostra reversão do lucro de R$ 370 milhões no mesmo período do ano passado

    Prejuízo da rede de supermercados foi impulsionado pela aquisição do grupo BIG, em 2022
    Prejuízo da rede de supermercados foi impulsionado pela aquisição do grupo BIG, em 2022 REUTERS/Paulo Whitaker

    da Reuters

    O Carrefour Brasil registrou prejuízo líquido de R$ 113 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo lucro de R$ 370 milhões no mesmo período do ano passado, impactado por elevação nos custos e investimentos para conversão de lojas adquiridas do BIG.

    Os dados foram publicados em balanço nesta terça-feira (2), após o fechamento do mercado.

    O resultado veio bastante abaixo do esperado pelos analistas. Dados da Refinity apontavam para um prejuízo de R$ 20,2 milhões.

    “Grande parte desse prejuízo foi explicada pelos investimentos que estão sendo feitos no BIG, que passam pelas linhas de despesas”, disse o diretor financeiro da empresa, Eric Alencar, a jornalistas. Ele foi eleito para o cargo no final de março.

    “Temporariamente, existe esse efeito, até porque estamos executando as conversões mais rápido do que prevíamos”, acrescentou ele.

    O Carrefour Brasil, dono da marca Atacadão, concluiu a compra do BIG em meados de 2022 por R$ 7,5 bilhões, mas, no mês passado, anunciou a redução no valor da aquisição em até R$ 1 bilhão devido a questões contratuais.

    A integração das empresas envolve a conversão de mais de 120 lojas, com expectativa atual de serem finalizadas no meio deste ano. A projeção inicial era que esse processo terminaria apenas no início de 2024.

    O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,04 bilhão entre janeiro e o final de março, queda de 16,8% na base anual.

    Analistas esperavam Ebitda de R$ 1,25 bilhão. Sem incluir o BIG, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,25 bilhão, alta de 0,6% ano a ano.

    A margem Ebitda ajustada ficou em 4,3% no trimestre, contra 6,6% no mesmo período de 2022. Sem contabilizar os efeitos da integração do BIG, o indicador fechou o trimestre em 6,2%, em comparação a 6,6% um ano antes.

    As vendas consolidadas do grupo, que já haviam sido divulgadas no final de abril em caráter preliminar, somaram R$ 27,1 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 30,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.