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    Alphabet, dona do Google, tem primeira queda de receita em 16 anos

    O declínio nas vendas foi o primeiro desde que a empresa abriu capital em 2004 e o pior desempenho desde seu crescimento de 2,9% durante a recessão de 2009

    Paresh Dave e Munsif Vengattil, da Reuters

    As vendas trimestrais da controladora do Google, a Alphabet, caíram pela primeira vez em seus 16 anos como empresa pública, mas o declínio foi menor do que o esperado, já que muitos anunciantes continuaram utilizando a ferramente de pesquisa da empresa durante a pandemia.

    As ações da Alphabet subiam 1,2%, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre.

    Com suas ferramentas gratuitas de navegação na web, exibição de vídeos e teleconferências, o Google se tornou uma parte maior da vida de muitos consumidores durante a pandemia, já que as medidas de isolamento obrigam as pessoas a confiar na internet para trabalhar e se entreter.

    Mas os anunciantes do Google sofreram demissões em massa e outros cortes de custos durante a pandemia, e os orçamentos de marketing geralmente são os primeiros a serem reduzidos, principalmente por grandes clientes.

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    O negócio de anúncios do Google há muito tempo anda em linha com a economia em geral, e a economia dos EUA se contraiu em seu ritmo mais acentuado desde a Grande Depressão no segundo trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira.

    O Google parecia enfrentar a desaceleração melhor do que antes, já que a pandemia tornou a internet mais atraente para os anunciantes do que TV, rádio e outros meios de comunicação.

    A receita geral da Alphabet no segundo trimestre foi de US$ 38,3 bilhões, uma queda de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Analistas estimaram, em média, um declínio de 4%, para US$ 37,367 bilhões, segundo estimativa compilada pela Refinitiv.

    O declínio nas vendas foi o primeiro desde que a empresa abriu capital em 2004 e o pior desempenho desde seu crescimento de 2,9% durante a recessão de 2009.

    Cerca de 66% da receita da Alphabet veio de anúncios do Google e do YouTube, 12% de anúncios vendidos online em propriedades de parceiros, 8% de seus negócios em nuvem e 14% de sua loja de aplicativos móveis e cerca de uma dúzia de outras divisões menores.

    Os custos e despesas totais da Alphabet aumentaram cerca de 7% em relação ao ano anterior, para US$ 31,9 bilhões no segundo trimestre, em comparação com um salto de 12% no trimestre anterior.

    O lucro trimestral da Alphabet foi de US$ 6,96 bilhões, ou US$ 10,13 por ação, em comparação com a estimativa média de analistas de 5,645 bilhões, ou US$ 8,29 por ação.

    Novas leis de privacidade de dados, incluindo uma que entrou em vigor este mês no estado natal do Google, na Califórnia, também estão prejudicando os preços dos anúncios.

    Reguladores antitruste de países das Américas, Europa e Ásia estão avaliando se o Google sufocou a concorrência para dominar o setor de buscas online, de softwares para dispositivos móveis e outras áreas, com alguns órgãos até pensando em forçar o desmembramento de parte de suas operações publicitárias.

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