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    Alckmin diz que e-commerce é positivo, mas é preciso concorrência leal

    Em entrevista, presidente em exercício da República destaca também que é natural Brasil buscar parcerias com China por se tratar da principal economia da Ásia

    Geraldo Alckmin, vice-presidente da República
    Geraldo Alckmin, vice-presidente da República José Cruz/Agência Brasil

    Italo Bertão Filho e Daniel Tozzi Mendes, do Estadão Conteúdo

    O presidente em exercício da República, Geraldo Alckmin, defendeu nesta sexta-feira (14) que o comércio eletrônico tenha uma concorrência “leal”. As declarações foram proferidas após recente discussão envolvendo possível taxação de compras de sites de e-commerce.

    “O comércio eletrônico é positivo, mas precisamos ter uma concorrência leal”, afirmou o presidente à BandNews.

    “Não podemos ter uma concorrência desleal: alguém com comércio aqui implantado, pagando imposto, gerando emprego, tendo um tipo de tributação, e outro tipo de tributação fazendo concorrência que não é leal. Esse é o objetivo (das possíveis mudanças na tributação), apenas este”, acrescentou Alckmin.

    Na mesma entrevista, ele disse que está otimista em relação ao andamento e às proposições da reforma tributária a ser apresentada pelo governo federal e que ainda está em fase de discussão. Alckmin salientou que a proposta não deve ter caráter restritivo e alinha o Brasil ao sistema tributário já adotado em outros países.

    “Estamos muito otimistas. Ela vai simplificar o modelo. Não é para cobrar de setor A, B ou C, mas é para simplificar o modelo, trocando cinco impostos sobre consumo (ICMS, ISS, PIS, Cofins, IPI) por um, o IVA, como o mundo inteiro tem, um Imposto de Valor Agregado”, disse ele, na entrevista.

    O presidente em exercício também defendeu os efeitos positivos que a reforma pode trazer para o ambiente de negócios do empresariado. “Com a reforma, você simplifica, estimula investimento, reduz custo Brasil, reduz burocracia, estimula exportação, então eu diria que a reforma a ser apresentada é positiva”, afirmou.

    Investimento da China no Brasil

    Geraldo Alckmin também afirmou nesta sexta-feira que é natural o Brasil buscar parcerias com a China por se tratar da principal economia da Ásia, e que há expectativa de acordos para investimento chinês dentro do Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em viagem ao país asiático desde a terça-feira, ao lado de uma comitiva de políticos e empresários.

    “Queremos que a China invista mais no Brasil. Somos o quarto destino dos investimentos chineses, mas as oportunidades de parceria são muito grandes”, afirmou Alckmin, em entrevista à Bandnews.

    O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços disse que a parceria com os chineses é importante para o fortalecimento da indústria nacional, especialmente a indústria focada em energia renovável.

    “Não gosto de falar de reindustrialização, gosto de falar de nova industrialização, focada em energia renovável e mercado de carbono e por isso é importante investimento chinês”, avaliou Alckmin. “O Brasil sofreu uma desindustrialização, a participação da indústria passou de 30% do PIB para 10%” acrescentou.

    Na entrevista, Alckmin também mencionou ainda que há expectativa por parte do governo brasileiro de que a China faça “uma compra importante” de aviões da Embraer. “A parceria é um ganha-ganha, é bom para a população dos dois países”, reforçou Alckmin.