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    AIE corta previsões para crescimento da demanda global por petróleo em 2021 e 22

    Surgimento da variante Ômicron ameniza aperto na oferta da commodity dos últimos meses

    A agência prevê que o consumo da commodity crescerá 5,4 milhões de bpd em 2021 e 3,3 milhões de bpd em 2022.
    A agência prevê que o consumo da commodity crescerá 5,4 milhões de bpd em 2021 e 3,3 milhões de bpd em 2022. Reuters

    do Estadão Conteúdo

    O surgimento da variante Ômicron do coronavírus permitirá que o fornecimento de petróleo ultrapasse a taxa com que o mundo o está consumindo, amenizando o aperto na oferta dos últimos meses, informou a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta terça-feira (14).

    Em relatório mensal, a AIE reduziu sua previsão de oferta para 2022 de produtores fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 100 mil barris por dia (bpd) e cortou sua previsão de demanda na mesma quantidade, tanto este ano quanto no próximo.

    A agência prevê que o consumo da commodity crescerá 5,4 milhões de bpd em 2021 e 3,3 milhões de bpd em 2022.

    As viagens aéreas e, em particular, o consumo de combustível de aviação, serão os mais afetados pela variante, disse a AIE.

    Mas, no geral, a cepa vai “desacelerar temporariamente, mas não interromper, a recuperação da demanda por petróleo”, na visão da entidade com sede em Paris.

    A opinião da AIE de que o impacto da Ômicron será limitado ecoou a visão da Opep, exposta em relatório divulgado ontem.

    No entanto, há divergências entre a avaliação das duas organizações sobre a produção global de petróleo no próximo ano.

    O cartel com sede em Viena argumentou que falta de investimento de países produtores de petróleo fora da aliança é um “potencial limitante do crescimento”, mas a AIE destacou que EUA, Canadá e Brasil devem produzir em níveis recordes.

    A AIE disse que a Arábia Saudita e a Rússia – os dois líderes da Opep+ – também podem bater recordes de produção, se a aliança continuar sua política de desfazer os cortes de produção implementada no ano passado, quando o impacto econômico global da pandemia piorou.

    Pelos cálculos da instituição, a produção da Opep+ avançou 400 mil bpd em novembro.