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    Agenda de reformas estruturais vem resistindo às trocas de governo no Brasil, diz Zeina Latif

    Consultora econômica participou do HSM+2023, evento de gestão e inovação que acontece entre esta terça-feira (28) e quarta-feira (29)

    Zeina Latif, economista
    Zeina Latif, economista Divulgação

    Danilo Moliternoda CNN

    São Paulo

    A consultora econômica Zeina Latif afirmou, em participação no HSM+2023 nesta terça-feira (28), que as reformas estruturais do Brasil vêm resistindo às trocas no Executivo. Ela defendeu esta agenda como caminho para o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país crescer.

    Entre outros marcos regulatórios e reformas de menor proporção, sob Michel Temer, foi aprovada a trabalhista; sob Bolsonaro, da Previdência; sob Lula, tramita a tributária — que deve ser promulgada ainda neste ano.

    Segundo a economista, a agenda de reformas dá previsibilidade para que os atores privados realizem investimentos de longo prazo em inovação. Com isso, o setor avança em produtividade, indicou.

    “O privado, para investir em inovação, precisa de previsibilidade de longo prazo sobre as regras do jogo. Para se tornar um país rico, elevar seu PIB per capita, é necessário aumentar o a participação do privado. Isso não vai ocorre através somente do dirigismo estatal”, disse.

    Latif falou em painel nomeado “Panorama Macroeconômico Mundial: cenário atual e projeções futuras”, que teve mediação de Phelipe Siani, da CNN.

    A economista afirmou que o Brasil que a produtividade do setor privado é a “variável-chave” para definir se um país irá crescer é a produtividade. Ela defendeu o investimento em inovação como caminho para elevar a produtividade e mencionou o “Custo Brasil” — que, indica, impede maiores avanços neste quesito.

    Segundo a consultora econômica, o principal quesito que eleva este “Custo Brasil” é o emaranhado do sistema tributário. Ela destacou que o contencioso do país é equivalente a 75% do PIB, valor elevado em comparação com as nações desenvolvidas.

    Sobre as reformas já realizadas, ela destacou os impactos da reforma trabalhista sobre os postos de trabalho. Para Latif, os elevados níveis de emprego registrados nos trimestres recentes, a despeito das altas taxas de juro, são efeitos da flexibilização do trabalho formal e da terceirização da atividade-fim.

    A consultora se disse otimista com o andamento das reformas, mas defendeu que o país pode ser mais ambicioso quanto à celeridade desta agenda. Disse ainda que este avanço depende, para além do governo, da sociedade. Como exemplo, mencionou as oposições à reforma tributária que defendem interesses setoriais.

    O HSM+2023 é um evento de gestão e inovação com participação de nomes globais do mercado, que acontece entre esta terça-feira e quarta-feira (29).