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    Funcionários de aeroportos, estações de ônibus e trens fazem greve na Alemanha

    Paralisações foram convocadas por dois grandes sindicatos de transporte na maior economia da Europa

    Claudia OttoInke Kappelerda CNN

    Greves em todo o país na Alemanha – entre as piores em décadas – estão causando enormes transtornos nos aeroportos do país, no transporte público e em seu maior porto nesta segunda-feira.

    As greves foram convocadas por dois grandes sindicatos de transporte na maior economia da Europa.

    O Ver.di, um dos sindicatos, exigiu um aumento salarial de 10,5% para seus membros, citando o aumento dos custos de energia e alimentos. Mais de 400 mil trabalhadores do transporte estão participando da ação industrial, de acordo com Frank Werneke, chefe do Ver.di.

    Voos em oito grandes aeroportos, incluindo os de Munique, Frankfurt e Hamburgo, foram afetados pelas greves. A Associação Alemã de Aeroportos estimou que cerca de 380 mil viajantes não poderão decolar nesta segunda-feira.

    E alguns hubs, como o Aeroporto de Munique, fecharam totalmente as portas, com 200 mil passageiros impactados pelo fechamento de dois dias no aeroporto que começou no domingo.

    Os serviços ferroviários de longa distância programados para segunda-feira foram suspensos em toda a Alemanha, assim como os serviços ferroviários regionais e suburbanos matinais.

    A “mega greve” está “paralisando” o país, segundo a empresa ferroviária alemã Deutsche Bahn.

    “Esta greve excessiva e exagerada faz sofrer milhões de passageiros dependentes de ônibus e trens. Nem todo mundo pode trabalhar em home office”, disse o porta-voz Achim Strauss em comunicado.

    Em Munique, a operadora de transporte local MVV anunciou a suspensão de quase todas as linhas de trem, metrô e bonde, e disse esperar que apenas metade de todos os serviços programados de ônibus funcionem.

    Hamburgo, o maior porto da Alemanha, também foi atingido pelas paralisações, com grandes navios impossibilitados de chegar ou partir do porto.

    Outros empregadores alemães também criticaram as greves. Karin Welge, porta-voz do VKA, um grupo que representa os empregadores do setor público, chamou isso de “escalada não provocada”.

    “Raramente vi a população de um país afetada dessa maneira”, disse Welge.

    No entanto, os alemães em geral apoiam amplamente as paralisações. Em uma pesquisa recente do YouGov, cerca de 55% dos entrevistados consideraram as greves anunciadas pelos dois sindicatos de transporte “bastante” ou “totalmente” justificadas. Cerca de 38% disseram que a ação industrial era “um pouco” ou “nada” justificada, enquanto 8% não responderam à pergunta.

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