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    Adeus, selinhos: Pão de Açúcar e Raia Drogasil inovam no programa de fidelidade

    Lançada em outubro, a Stix é a primeira companhia no ecossistema brasileiro voltada à fidelidade no varejo e quer ir além dos pontos para viagem

    Eduardo Leonidas, CEO da Stix: "trazemos uma solução de varejo mais acessível"
    Eduardo Leonidas, CEO da Stix: "trazemos uma solução de varejo mais acessível" Foto: Divulgação/Stix

    Paula Bezerra, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Os selinhos do Pão de Açúcar viraram uma febre entre os consumidores nos últimos anos. Quem completava a cartela podia levar para casa desde panelas do renomado chef Jamie Oliver até taças alemãs. Agora, os selinhos darão lugar a pontos digitais, e as cartelas serão digitalizadas. Já as recompensas vão ficar a critério do cliente, que poderá escolher entre um jogo de facas e doações a instituições de caridade, por exemplo.

    Por trás dessa virada para o mundo digital, está a Stix Fidelidade. Lançada em outubro, a companhia é fruto da parceria entre o Grupo Pão de Açúcar e a Raia Drogasil, e a ideia é que a plataforma concentre os programas dos dois grupos.

    Idealizada em meados de 2019, a companhia é a primeira no ecossistema brasileiro voltada à fidelidade no varejo. O GPA detém 66,6% da joint venture, enquanto a Raia Drogasil ficou com o restante. O investimento, porém, não foi revelado. 

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    Totalmente digital, os grupos apostam na facilidade do aplicativo para dar tração à Stix – isso porque, todo contato e relacionamento é feito por meio do aplicativo. Já em termos de operação, a plataforma funciona como uma carteira de pontos que tem cobertura nacional. 

    E, se grandes programas de fidelidade, como Smiles, Livelo e Multiplus, usam passagens aéreas como chamariz, a Stix quer ir além. 

    “Trazemos uma solução de varejo mais acessível. Considero nosso programa diferenciado porque a proposta para o consumidor é diferente, vai além dos pontos para passagens aéreas”, diz Eduardo Leonidas, CEO da Stix, ao CNN Brasil Business.

    Na prática, funcionará assim: cada 100 pontos conquistado em compras no Pão de Açúcar, Extra, Droga Raia e Drogasil valerá R$ 1. Os clientes então poderão acumular os pontos e escolher como trocarão nas redes participantes. Mas não apenas.

    A Stix já conta com 12 parceiros, incluindo a loja de móveis e decoração Etna e a locadora de veículos Turbi. Para 2021, o objetivo é oferecer cashback e abranger todas as categorias de consumo, como vestuário e esportes.

    Expectativa e efeito pandemia

    Para colocar o novo programa de fidelidade em varejo de pé, a Stix foi buscar referência do outro lado do globo. Mais especificamente, na FlyBuys, programa de fidelidade da Coles, maior rede de supermercados da Austrália. O app tem cerca de 10 milhões de usuários na Austrália e na Nova Zelândia.

    A Stix pode facilmente superar os números de sua fonte de inspiração. O universo potencial de clientes é vasto: são 55 milhões, sendo 20 milhões dos programas Clube Extra e Cliente Mais, do Pão de Açúcar; e 40 milhões do Sua Raia e Drogasil e Você.

    “Temos uma base potencial grande, uma proposta de valor consistente e que consideramos interessante aos clientes”, diz Leonidas. “Não temos uma meta quantitativa, nosso principal objetivo é fidelizar o cliente.”

    De fato, o potencial é enorme. Durante a pandemia, o número de produtos domésticos comprados pela internet triplicou, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), 

    Tanto que a concorrente Dotz registrou uma alta de 35% do tíquete médio gasto nas compras em supermercado entre os dias 15 de março e 18 de abril. 

    Não à toa, o volume de pontos somados pelos brasileiros aumentou em 2020. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), o setor passou de 15 bilhões de pontos no segundo trimestre do ano passado para 26 bilhões neste ano.

    “Estamos trazendo para o Brasil um modelo inovador, principalmente com o foco em varejo. Temos marcas fortes, que mantêm a autonomia de seus programas individuais, além de estarmos ligados a uma plataforma tecnológica”, diz Leonidas. 

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